ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM
30-11-2011.
Aos trinta dias do mês de novembro do ano de dois
mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Alceu Brasinha,
Aldacir José Oliboni, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Idenir
Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Nilo
Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas,Professor Garcia, Reginaldo Pujol,
Sofia Cavedon, Toni Proença e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum,
a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo,
Beto Moesch, Carlos Todeschini, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro
Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Luciano Marcantônio, Luiz
Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Sebastião Melo
e Tarciso Flecha Negra. À MESA, foi encaminhado, pelo vereador Adeli Sell, o
Projeto de Lei do Legislativo nº 050/11 (Processo nº 1592/11). Ainda, foi apregoado
o Ofício nº 1073/11, do senhor Prefeito, informando que se ausentará do Município
das dezessete horas e quatorze minutos do dia primeiro de dezembro do corrente
às vinte horas do dia quatro de dezembro do corrente, quando participará do
Workshop Técnico/BROADCAST-TI-TELECOM (FIFA World Cup – Brasil) e conhecerá as
novas instalações da Rede Internacional de Televisão da Igreja Internacional da
Graça de Deus, no Município do Rio de Janeiro – RJ. Do EXPEDIENTE, constaram
Ofícios do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da
Educação, emitidos no dia dez de novembro do corrente. Durante a Sessão,
deixaram de ser votadas as Atas da Nonagésima, Nonagésima Primeira, Nonagésima
Segunda, Nonagésima Terceira e Nonagésima Quarta Sessões Ordinárias e da Vigésima
Quarta, Vigésima Quinta, Vigésima Sexta, Vigésima Sétima, Vigésima Oitava,
Vigésima Nona e Trigésima Sessões Solenes. A seguir, a senhora Presidenta
registrou as presenças dos senhores Ademir
Barbosa Koucher, José Renato Braga de Almeida e Ernesto Dornelles Saraiva,
respectivamente Supervisor de Divulgação, Chefe da Unidade Estadual e Assistente
do Chefe da Unidade Estadual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE –, convidando-os a integrarem a Mesa dos
trabalhos e concedendo
a palavra ao senhor Ademir Barbosa
Koucher, que apresentou dados sobre o Município de Porto Alegre levantados pelo
censo realizado pelo IBGE no ano de dois mil e dez. Durante o pronunciamento do
senhor Ademir Barbosa Koucher, foi realizada apresentação
de audiovisual referente ao tema abordado por Sua Senhoria. Após, a senhora Presidenta
concedeu a palavra aos vereadores Luiz Braz, Toni Proença, João Carlos Nedel,
Dr. Raul Torelly e Engenheiro Comassetto, que se manifestaram sobre o tema
abordado pelo senhor
Ademir Barbosa Koucher. Em continuidade, a senhora Presidenta
concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema em debate, aos
senhores Ademir Barbosa Koucher e José
Renato Braga de Almeida. Às quinze horas e dez minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quinze horas e doze minutos. A seguir, foram
suspensos os trabalhos da presente Sessão, em face de problemas verificados na
rede de energia elétrica. Após, foi
apregoado o Memorando nº 110/11, de autoria da vereadora Fernanda Melchionna, deferido pela senhora Presidenta, solicitando
autorização para representar externamente este Legislativo, nos dias primeiro e
dois de dezembro do corrente, no II Seminário Internacional da Fundação Lauro
Campos, no Município de São Paulo – SP. Às quinze horas e vinte e três minutos, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em prosseguimento, foi
aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Nelcir Tessaro,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do
Dia. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 090/11 (Processo nº 3834/11),
após ser encaminhado à votação pelos vereadores Nelcir Tessaro, Luiz Braz,
Reginaldo Pujol, João Antonio Dib, Elói Guimarães, Elias Vidal, Idenir Cecchim,
Airto Ferronato, Waldir Canal, Bernardino Vendruscolo, Engenheiro Comassetto,
Carlos Todeschini, este pela oposição, e Dr. Thiago Duarte. Na ocasião, em face
de Questão de Ordem formulada pelo vereador João Antonio Dib, a senhora
Presidenta prestou esclarecimentos acerca do artigo 173 do Regimento. Em
Votação, foi aprovado o Requerimento nº 082/11 (Processo nº 3528/11). Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 012/09
(Processo nº 0674/09), o qual foi retirado da priorização para a Ordem do Dia
da presente Sessão, a Requerimento verbal formulado pelo vereador Waldir Canal,
deferido pela senhora Presidenta. Em Discussão Geral e Votação, esteve o
Projeto de Lei do Legislativo nº 204/09 (Processo nº 4235/09), o qual teve sua discussão adiada
por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria da vereadora Maria Celeste. Em Discussão Geral e
Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 028/11 (Processo nº 2525/11),
o qual foi retirado da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão, a
Requerimento verbal formulado pelo vereador João Antonio Dib, deferido pela
senhora Presidenta. Em Votação, foi apreciado o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 001/11 (Processo nº 0610/11), após ser encaminhado à votação
pelos vereadores João Antonio Dib, Carlos Todeschini e Bernardino Vendruscolo e
pela vereadora Fernanda Melchionna. Foi votado o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 001/11, o qual recebeu doze votos SIM e dezesseis votos NÃO, em
votação nominal solicitada pelo vereador Mario Fraga, tendo votado Sim os
vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Todeschini, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro
Pinheiro, Nelcir Tessaro, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra
e Não os vereadores Alceu Brasinha, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói
Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario Manfro, Nilo Santos,
Professor Garcia, Toni Proença e Waldir Canal, votação essa declarada nula pela
senhora Presidenta. Foi rejeitada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 001/11, por onze votos SIM e vinte votos NÃO, em
votação nominal solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim os
vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Todeschini, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro,
Nelcir Tessaro, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e Não os vereadores Alceu
Brasinha, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel,
Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nilo
Santos, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Toni Proença e Waldir Canal. Foi
rejeitado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 001/11, por treze
votos SIM e dezessete votos NÃO, em votação nominal solicitada pela vereadora
Sofia Cavedon, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato,
Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini,
Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Reginaldo
Pujol, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e Não os vereadores Alceu Brasinha,
DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza,
Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz
Braz, Mario Fraga, Mario Manfro, Nilo Santos, Professor Garcia, Toni Proença e
Waldir Canal. Após, foram apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pela
senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo: nº 072/11, de autoria do vereador Adeli Sell, nos dias primeiro e
dois de dezembro do corrente, no Congresso Previdenciário Gaúcho, no Hotel
Plaza São Rafael, em Porto Alegre; e nº 091/11, de autoria do vereador Carlos
Todeschini, hoje, no XI Seminário Internacional sobre Agroecologia e XII
Seminário Estadual sobre Agroecologia, às quatorze horas, no Auditório Dante
Barone do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 068/11 (Processo nº 1942/11).
Em Discussão Geral, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº
003/11 (Processo nº 1958/11). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 020/11 (Processo nº 0820/11). Em Discussão
Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 135/10 (Processo nº
2813/10), o qual, após ser discutido pelo vereador Carlos Todeschini, teve sua discussão adiada
por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do vereador Carlos Todeschini. Durante a apreciação do
Projeto de Lei do Legislativo nº 135/10, o vereador Luciano Marcantônio cedeu seu tempo de
discussão ao vereador Carlos Todeschini. Na oportunidade, em face do Questão de Ordem formulada pelo vereador
Reginaldo Pujol, a senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca do artigo
107, § 2º, do Regimento. A seguir, o vereador Toni Proença formulou
Requerimento verbal, deferido pela senhora Presidenta, solicitando a retirada
do Projeto de
Lei do Legislativo
nº 200/09 (Processo nº 4214/09) da priorização para a Ordem do Dia da presente
Sessão. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº
120/11 (Processo nº 2761/11). Às dezessete horas e quinze minutos, a senhora Presidenta declarou
encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 187, 203 e 164/11,
este discutido pelos vereadores Reginaldo Pujol e Sebastião Melo, os Projetos
de Lei do Executivo nos 047, 049, 051 e 046/11, este discutido pelos
vereadores Reginaldo Pujol e Sebastião Melo; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei
do Legislativo nos 155 e 197/11, este discutido pela vereadora Sofia
Cavedon. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Mauro Pinheiro,
João Antonio Dib, Sebastião Melo, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Nelcir Tessaro,
Mauro Pinheiro, este pela oposição, e Sebastião Melo, este pelo Governo.
Durante a Sessão, os vereadores Nilo Santos, Alceu Brasinha, Professor Garcia,
Reginaldo Pujol, João Antonio Dib, Bernardino Vendruscolo e Pedro Ruas manifestaram-se
acerca de assuntos diversos. Às dezoito horas e trinta minutos, a senhora
Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores
para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelo vereador DJ Cassiá e
secretariados pelo vereador Paulinho Rubem Berta. Do que foi lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário
e pela senhora Presidenta.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): De imediato, passamos ao comparecimento do dia
de hoje. Contamos com a presença do Sr. Ademir Barbosa Koucher, Supervisor de
Divulgação do IBGE; do Sr. José Renato Braga de Almeida, Chefe da Unidade
Estadual do IBGE; do Sr. Ernesto Dornelles Saraiva, Assistente do Chefe da
Unidade Estadual do IBGE. O nosso tema, combinado em reunião de Mesa e
Lideranças, é “Porto Alegre em Números”. O IBGE tem importantes dados do
levantamento demográfico que fez e está aqui para abrir as portas para a
utilização desses dados tão importantes para a atuação deste Parlamento.
Quero, de imediato, agradecer a presença da
Direção do IBGE e passar a palavra ao Sr. Ademir Barbosa Koucher.
O SR. ADEMIR
BARBOSA KOUCHER: Boa-tarde a todos, queria agradecer, em nome do IBGE, o
convite da Presidente da Câmara para apresentarmos alguns dados levantados do
censo de 2010. Vou mostrar um pouco do que foi esse trabalho que o IBGE fez em
2010, e alguns resultados do Município de Porto Alegre, comparando-os com dados
de outras Capitais do Brasil.
(Apresentação em PowerPoint.)
O SR. ADEMIR
BARBOSA KOUCHER: O IBGE já fez 12 censos demográficos no Brasil, eles são
feitos de dez em dez anos, e o último censo que nós realizamos foi em 2010. No
dia 1º de agosto, essa operação foi a campo e, em novembro do ano passado, nós
divulgamos os primeiros resultados. Agora, no dia 15 último, nós divulgamos
alguns resultados já definitivos do questionário básico, que é um questionário
que atinge todos os domicílios.
Esse censo demográfico teve algumas alterações
bem importantes em relação aos outros, principalmente no que diz respeito à
parte tecnológica. Então, a introdução, principalmente, de um computador de mão
foi fundamental para que pudéssemos fazer esse trabalho e obter os resultados
que nós obtivemos com essa rapidez, nesse tempo curto de divulgação dos
resultados. O Brasil foi o único país do mundo que fez um censo demográfico
completamente digital, nem os Estados Unidos fizeram um censo demográfico com
essa tecnologia tão avançada. Os recenseadores, durante todo o período, no
final de 2010, estiveram nos domicílios coletando informações, utilizando esse
equipamento.
A operação em Porto Alegre contou com 1.900
pessoas, mais ou menos, utilizando 1.800 computadores de mão. Nós organizamos
26 postos de coleta que cobriram essa operação em todos os 2.433 setores
censitários que o IBGE organizou no Município de Porto Alegre. Porto Alegre
tinha, até 2010, 79 bairros definidos em lei. Então, esse foi o tamanho da
operação no Município de Porto Alegre.
O censo demográfico de 2010 teve, em função
dessa base tecnológica mais avançada, duas etapas. Na primeira etapa, que foi
em abril de 2010, teve aquilo que nós chamamos de pré-coleta. Nessa pré-coleta,
os recenseadores foram a campo, fizeram um cadastro de todos os endereços de
todos os Municípios do Brasil inteiro. Inclusive esse cadastro gerou um
cadastro nacional de endereços para fins estatísticos que o IBGE divulgou
agora, na semana passada. Nesse trabalho da pré-coleta, nós identificamos as
condições do entorno dos domicílios. Nós levantamos informações como: se os
logradouros tinham identificação, se tinham iluminação pública, pavimentação,
arborização, se, naquela face, tinha meio-fio, calçada, rampa para cadeirante,
enfim, uma série de informações foram levantadas com relação à parte urbana, ao
entorno dos domicílios nessa etapa da pré-coleta, e a gente pretende divulgar
essas informações agora, ainda no mês de dezembro.
Depois, durante a coleta, o IBGE aplica dois
questionários. Tem um questionário mais simples que vai a todos os domicílios e
levanta informação para os menores níveis geográficos. Então, a partir desse
questionário básico, nós temos informações para os setores censitários, para os
bairros, distritos, subdistritos. Ele chega a todos os níveis geográficos.
Nesse questionário simples, nós levantamos as características dos domicílios,
condição de ocupação, forma de abastecimento de água, número de banheiros,
existência de sanitário, destino do lixo, energia elétrica, etc. No item “b”
desse questionário, tinha uma parte relativa à imigração internacional. Esse
quesito é inédito, nós nunca tínhamos levantado esse dado num censo
demográfico. Em todos os domicílios, nós perguntamos se alguém tinha ido para o
Exterior, e tentamos levantar um pequeno perfil dessa pessoa que viajou.
Perguntamos o sexo, a idade, o ano da última partida e o país de residência
atual. Nas informações sobre os moradores, levantamos o número de moradores, se
a responsabilidade pelo domicílio era de um morador só ou se era compartilhada,
e a relação com o responsável pelo domicílio para a montagem da família, como
cônjuge, filhos, etc.
No item “d” desse questionário, nós levantamos
as características dos moradores: sexo, idade, mês e ano de nascimento, cor ou
raça, se indígena, etnia ou povo, e línguas faladas. Para as pessoas com até dez
anos de idade, registro de nascimento; para as pessoas com quatro anos ou mais,
se sabiam ler e escrever, e para as pessoas de dez anos ou mais, rendimento
mensal total. E ainda teve um item relativo à mortalidade.
Além desse questionário simples que vai a todos
os domicílios e que gera aquilo que nós chamamos, depois, de resultados do
universo, que nós divulgamos agora, no dia 15 passado, o IBGE também aplica um
outro questionário que é feito por amostra. No caso de Porto Alegre, a amostra
foi de 5% dos domicílios. Esse questionário é mais rico, mas não gera
informação para os mesmos níveis geográficos do questionário simples, ou seja,
eu não tenho informação por bairro, por exemplo, desse questionário de amostra,
que demora um pouco mais para ser divulgado. Então, nós vamos divulgar os dados
da amostra, a previsão de divulgação é para o primeiro trimestre de 2012,
provavelmente no início de março. Esse questionário levanta também dados mais
detalhados a respeito dos domicílios, como o material predominante das paredes,
o número de cômodos, a existência de água encanada, se os domicílios tinham
bens duráveis, como rádio, geladeira, máquina de lavar roupa, telefone, etc.
Nas informações sobre os moradores: sexo,
idade, mês e ano de nascimento, religião ou culto. E, depois, uma série de
temas que o IBGE levanta também nesse questionário amostral. O primeiro tema é
deficiência física ou mental; o segundo, migração; o terceiro, educação, tanto
para as pessoas que frequentam a escola, quanto para as que não frequentam; a
nupcialidade; trabalho e rendimento, e fecundidade.
Com relação ao nosso calendário de divulgação,
eu já tinha falado que, no final de 2010, três dias depois de ter terminado o
censo, nós já tínhamos divulgado os primeiros resultados, que foram a respeito
da população total de cada Município do Brasil. Em abril deste ano, nós
divulgamos uma sinopse, um resumão do censo; em junho, divulgamos a base por
setor censitário, e agora, em novembro, dia 15, nós divulgamos os resultados
definitivos desse questionário simples, que tem as informações até em nível de
bairro. Agora, durante o mês de dezembro, nós temos previsão de divulgação dos
números relativos aos aglomerados subnormais, que são as vilas e favelas, e, no
ano de 2012, nós vamos, então, começar a divulgar os resultados desse
questionário de amostra. Dito isso em relação aos dados operacionais, eu
separei algumas informações do Município de Porto Alegre, comparando,
inclusive, com as outras Capitais do Brasil, focando um pouco mais nessa parte
da evolução demográfica, porque não teríamos tempo de explorar todos os dados.
Então, a primeira informação é uma evolução da população de Porto Alegre desde
1940 até agora, o Censo de 2010, e a última estimativa que nós fizemos, agora,
em 2011. Vocês vão ver o seguinte: entre 1960 e 1970, foi o período de maior
pico demográfico no Município de Porto Alegre. A população aumentou, em termos
absolutos, em 250 mil e 420 habitantes. E, na década anterior, entre 1950 e
1960, nós já tínhamos tido o maior crescimento demográfico do Município de
Porto Alegre. A partir dos anos 1960, essa taxa de crescimento demográfico
começa a cair paulatinamente. Nós chegamos, no período de 2000 a 2010, a uma
taxa de crescimento de 0,35% ao ano. Dos Municípios das Capitais foi a que teve
a menor taxa de crescimento demográfico do Brasil. Pela estimativa de 2011,
essa taxa de crescimento já teria caído para alguma coisa em torno de 0,29% ou
0,3% ao ano. Um dado interessante, que mostra como esse crescimento aconteceu
dessa forma, é quando calculamos a média de moradores por domicílio. Vocês vão
ver o seguinte: nos anos 1970, Porto Alegre tinha em média 4,48, 4,5 pessoas
por domicílio. Chegamos a 2000 com 3,6, um pouco acima de 3, e, agora, em 2010,
a média de moradores por domicílio em Porto Alegre ficou em 2,75 – menos de 3,
o que mostra como foi violenta a diminuição no ritmo de crescimento da
população.
Esta planilha mostra a distribuição da população
por grupo de idade em todos os Municípios das Capitais do Brasil. Nós vamos ver
que Porto Alegre aparece em segundo lugar – em primeiro, Florianópolis – com
relação à população de zero a 5 anos. Porto Alegre é o segundo Município das
Capitais do Brasil que tem a menor proporção de crianças com zero a 5 anos de
idade. Nós só perdemos para Florianópolis, onde a proporção é um pouquinho
menor, é de 6,5%. Na faixa de 5 a 14, também, Porto Alegre é a segunda. E bem
lá ao lado direito, na faixa dos 60 anos ou mais, na população idosa, Porto
Alegre é, dos Municípios das Capitais, a que tem a maior proporção: 15% da
população de Porto Alegre tinha, em 2010, 60 anos ou mais. Lá na ponta, aparece
Palmas com 4,4%, muito baixo; e, em relação às crianças, é Macapá, com 11,8%.
Esta outra planilha aqui mostra a razão de sexo,
a relação entre o número de homens e o número de mulheres, nos Municípios das
Capitais. Em Porto Alegre, para cada grupo de cem mulheres, nós tínhamos, em
2010, 86,5% homens; então, era, entre os Municípios das Capitais, o segundo que
tinha a menor quantidade de homens em relação ao número de mulheres. Só
perdemos para Recife, que tinha 85,7%.
Aqui nós fizemos uma planilha, trabalhando os
arranjos familiares, onde aparecem os unipessoais, ou seja, aquelas pessoas que
moram sozinhas; o número de casais sem filhos; casais com filhos; homens com
filhos; e mulheres com filhos. Então, vamos ver que Porto Alegre é, dos
Municípios das Capitais, a que tem a maior proporção de pessoas morando
sozinhas – 21,6% dos domicílios de Porto Alegre são habitados por uma pessoa
só. E vejam que, em segundo lugar, aparece Florianópolis, com 17,5%. Há uma
distância enorme entre Florianópolis, que tem 17,5%, e Porto Alegre, que já
passa de 20% das pessoas morando sozinhas.
Porto Alegre também foi, das Capitais, a que
apresentou a maior proporção de casais sem filhos e a que apresentou a menor
proporção de casais com filhos.
O que a gente percebe nessa evolução demográfica
é uma mudança impressionante na configuração das famílias no Brasil inteiro, e,
aqui em Porto Alegre, de maneira específica.
Esta planilha mostra os responsáveis pelo
domicílio, segundo o sexo. De novo, Porto Alegre aparece em primeiro lugar em
relação aos outros Municípios das Capitais. Aqui, em Porto Alegre, 49,9% das
mulheres se declararam responsáveis pelos domicílios. Então, a responsabilidade
pelos domicílios, aqui no Município de Porto Alegre, estava bem dividida:
50,1%, homens, e 49,9%, mulheres.
Isto aqui diz respeito ao compartilhamento de
responsabilidade. Se olharmos no total, vamos ver que 33,2% dos domicílios
disseram que só tinha um responsável pelo domicílio. Quando a família era
composta só de responsável e cônjuge, ou seja, uma família só com duas pessoas,
54% responderam que a responsabilidade nesses domicílios era compartilhada, e,
quando eram outras famílias, 13,8%.
Aqui já começam a aparecer algumas desigualdades
no Município de Porto Alegre. Esta planilha mostra a taxa de analfabetismo, das
pessoas que não sabiam ler nem escrever, com 15 anos ou mais de idade, por
grupo de idade. Aqui temos um comparativo do último Censo, o de 2000, com o
Censo de 2010. Porto Alegre, em 2010, ficou em terceiro lugar em relação à taxa
de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais de idade. Então, 2,27% da
população com mais de 15 anos de idade era considerada analfabeta. Vocês podem
ver que, no Censo de 2000, nós éramos o segundo dos Municípios das Capitais com
a menor proporção de analfabetismo. Passamos para terceiro em 2010. Na faixa
dos 15 aos 24, nós éramos o oitavo e continuamos em oitavo. Na faixa dos 25 aos
29 anos, éramos o segundo e passamos para terceiro. E, na faixa dos 60 anos ou
mais, já faz algum tempo que Porto Alegre é, entre os Municípios das Capitais,
o que tem a menor proporção de analfabetos.
Esta planilha mostra a proporção de domicílios
por tipo de saneamento. Nós trabalhos três tipos: o que nós chamamos de
saneamento adequado, o semiadequado e o inadequado. O adequado seria aquele
domicílio que tem água encanada, esgotamento sanitário ou fossa séptica e
coleta de lixo direta ou indireta, ou seja, que tem os três. O semiadequado é
aquele que tem pelos dois dos três; e o inadequado é o que não tem nenhum dos
três, ou seja, não tem coleta de lixo, não tem água encanada e não tem
esgotamento sanitário nem fossa séptica. Então, Porto Alegre aparece aqui, em
2010, com 93,9% dos domicílios com saneamento adequado; em 2000 tinha sido
91,6%. Então, houve um aumento considerável na proporção de domicílios com
saneamento adequado, de 91,6% para 93,9%. O semiadequado diminuiu de 8,2% para
6,01%. E o inadequado, que já era bem baixo em 2000 – era 0,2% –, agora caiu
para 0,1%.
Esta aqui é uma última planilha, que mostra a
proporção de crianças de zero a 5 anos de idade, vivendo com responsáveis: ou
cônjuge analfabeto, ou morando em domicílio com saneamento inadequado, ou com
ambas as condições, ou seja, com responsável ou cônjuge analfabeto e o
domicílio com saneamento inadequado. Então, nós vamos ver que as crianças de
zero a 5 anos, morando com responsáveis ou cônjuges analfabetos, eram 7% em
2000, caindo para 3,5% em 2010. Crianças de zero a 5 anos vivendo em domicílios
com saneamento inadequado, eram 0,5% em 2000, caindo para 0,1% em 2010. E com
ambas a condições: em 2000 ainda tinha um resquício, era 0,1%, e, agora, em
2010, ficou zero.
Esta aqui é uma tabela que mostra o valor do
rendimento médio mensal nominal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, por
sexo, segundo os Municípios das Capitais. Então, aqui, nós organizamos as
informações. Na primeira coluna, tem o que a gente chama de rendimento médio. A
média se dá quando se dividem todos os componentes pelo número de observações
totais e divulgamos também o rendimento mediano. O mediano, quando a gente
organiza as informações em ordem crescente, o mediano é aquele que aparece
sempre no centro, ou seja, é o que dá uma informação mais real do rendimento
que é a média, porque na média eu sempre tenho as pontas que destoam muito.
Então, se eu tiver nas pontas alguém ganhando muito, eu sempre tenho na média –
e a média é sempre um pouco mais alta que a mediana, e, em geral, quanto maior
a diferença entre a média e a mediana, mais concentrada é a renda. E aqui tem
os rendimentos de homens e de mulheres, e Porto Alegre aparece com o rendimento
médio de R$ 2.364,00 para os homens, e R$1.826,00 para as mulheres como
rendimento nominal. No mediano, são R$ 1.200,00 para os homens e R$ 1.000,00
para as mulheres. E calculamos a razão entre o salário médio de homens e de
mulheres, e entre o salário mediano também de homens e de mulheres. Então, nós
vamos ver que, com relação a renda média, os homens em Porto Alegre ganham 40%
a mais que as mulheres – a razão ali é de 1,4% –, e no mediano é de 20%, é um
pouco menor. Então, ainda há uma diferença de salário entre homens e mulheres
bem importante no Município de Porto Alegre. Estas são algumas informações que
a gente conseguiu organizar, basicamente, relativas à evolução da população do
censo 2010.
Quero dizer para vocês que esse Banco de Dados é
muito grande, tem informações maravilhosas, inclusive possíveis de serem
desagregadas em nível de bairro. Eu não trouxe aqui essas informações em nível
de bairro, porque não teria como mostrar os 79 bairros num telão. Mas nós temos
o nosso Portal na Internet, onde há vários sistemas que permitem organizar
essas informações bairro por bairro. Se nós quiséssemos saber, por exemplo,
qual é o bairro que tem a maior proporção de idosos, ou que tem a maior
proporção de crianças de zero a seis anos, ou coisa que o valha, esse sistema
na Internet consegue organizar essas informações.
Queria agradecer a atenção de todos, e dizer que
o IBGE está à disposição da Cidade, dos Vereadores, das instituições, da
sociedade como um todo. Todas essas informações que nós produzimos e que
divulgamos no dia 15, estão disponíveis no nosso site na Internet e, se vocês precisarem de alguma ajuda, é só fazer
contato conosco na Av. Augusto de Carvalho, nº 1.205. Somos vizinhos e temos lá
uma equipe de técnicos capacitada para auxiliar os cidadãos, as pessoas da
sociedade de maneira geral, a utilizarem esses dados. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ademir Koucher, Supervisor de
Divulgação do IBGE. Quando esse grupo me procurou para apresentar um outro tema
que a Casa vai avaliar – já pedi para o GAPLAN analisar –, achei importantes
esses instrumentos que o IBGE tem para nós. Hoje foram apresentados alguns
dados, que já estão sendo franqueados para os Vereadores, para a Casa; será
feita uma reunião de trabalho com as nossas assessorias, para ensinar a
pesquisar todo o sistema onde está o Censo. De imediato, nós vamos combinar,
organizar com o IBGE, e cada Vereador designa um assessor seu, que lida com os
dados, para ter uma aula, porque nos interessam demais todas as áreas; são
dados importantíssimos. Eu brincava com o Ver. Dr. Raul Torelly sobre
planejamento familiar, dizendo que estamos crescendo pouco nos últimos anos!
O Ver. Luiz Braz está com a palavra.
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª
Presidente, cumprimento todos os Diretores e funcionários do IBGE que vieram
até aqui para prestar esclarecimentos para os Vereadores. Para nós é
extremamente importante sabermos desses dados, ainda mais quando temos a
notícia de que esses dados ainda podem ser organizados com relação aos bairros
da Cidade, e esses são dados que, com toda a certeza, serão extremamente úteis
para todos os Vereadores, para que nós realmente possamos fazer o nosso
trabalho. Mas é claro que, quando foi mostrado aqui, muita coisa não foi
gravada. Seria importante que a Presidente pudesse nos colocar à disposição
esta palestra apresentada, para que pudéssemos ter esses relatos à disposição,
bem como esse endereço importante: www.ibge.gov.br.
Outro dia, eu entrei no site ibge.com.br, e o computador ficou cheio de vírus, foi um
horror! Mas é claro que tem que acessar com o final gov.br. Eu quero
cumprimentar à Casa por propiciar para nós, Vereadores, uma oportunidade muito
boa de entrarmos em contato com essa pesquisa porque, afinal de contas, fica
mais fácil para realizarmos o nosso trabalho. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Quero pedir ao Setor de Informática da Casa
que, por favor, faça uma cópia da apresentação, já que o IBGE a está
disponibilizando, e a coloque no site
para podermos disponibilizar a todos os Vereadores.
O Ver. Toni Proença está com a palavra.
O SR. TONI PROENÇA: Srª
Presidente; Diretores do IBGE, cumprimento o Sr. Ademir Koucher por nos ter
brindado com a sua apresentação reveladora, principalmente no que tange a dados
que ainda não foram divulgados e, que, pela sua manifestação, serão divulgados
brevemente, que são os dados da pré-coleta do questionário básico e do
questionário de amostra. No nosso trabalho, aqui na Câmara de Vereadores, será
fundamental poder contar com esses dados, porque, além da expansão demográfica
e da realidade demográfica de algumas situações que o IBGE aponta no Censo,
acho que as informações que constam da pré-coleta e do questionário básico são
importantes para que a gente possa, às vezes, definir o voto para algumas leis
que possam orientar políticas públicas na Cidade. Portanto, tanto o
questionário básico como a coleta serão fundamentais para o trabalho da gente;
espero ansioso pela sua divulgação. Falo aqui em nome da Bancada do Partido
Pátria Livre, o meu Partido, e também, a pedido do Ver. Paulinho Rubem Berta, da
Bancada do PPS. Parabéns pelo trabalho.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra.
O SR. JOÃO CARLOS
NEDEL: Presidente
Sofia, em nome da Bancada do Partido Progressista, do nosso Líder, Ver. João
Antonio Dib, e do Ver. Beto Moesch, dou as boas-vindas ao Ademir e à sua
equipe. Eu tive a honra de ser o representante da Câmara junto ao IBGE, por
ocasião do Censo. Vim aqui agradecer o trabalho que o IBGE fez, e por vir nos
transmitir todas essas informações que, para nós, são extremamente importantes.
Eu presido a Comissão de Finanças e Economia desta Casa, e essas informações
são muito importantes. Os detalhes com referência aos domicílios, as
informações sobre pessoas, sobre sexo, sobre alfabetização, sobre idade, tudo
isso é extremamente importante. E o que o Ademir falou, que ainda nós podemos
acessar com mais detalhes por bairros, isso também é extremamente importante
para nós que temos a obrigação de cuidar bem da nossa Capital. Muito obrigado,
e parabéns pelo trabalho que é realmente um sucesso.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon, quero saudar, em nome da nossa Bancada, aqui,
do nosso Líder, Ver. Idenir Cecchim, e dos Vereadores Sebastião Melo, Professor
Garcia, Haroldo de Souza, o nosso IBGE na pessoa do Ademir, da sua Direção e
dizer que o PMDB também, aqui, como todo o povo brasileiro, saúda o trabalho do
IBGE e o reconhece. Quanto ao planejamento familiar, na realidade, eu acredito
que esses dados do IBGE demonstram o quanto o nosso trabalho está no caminho
certo, porque sabemos que, agora, as pessoas realmente estão preocupadas em ter
os filhos que podem criar, para os quais podem dar uma vida digna. Não é à toa
que os dados do analfabetismo estão aí, também, diminuindo censo a censo. Eu,
como médico de população carente, lembro-me que para o atendimento havia uma
planilha e, nessas planilhas, as pessoas não cansavam de colocar o dedo, por
não saberem fazer a própria assinatura. Hoje, eu continuo atendendo essa
população e vejo que isso se tornou muito raro, ocorrendo basicamente com
pessoas de idade avançada, que os próprios dados do Censo assim demonstram.
Então, eu quero saudar o trabalho tão necessário, porque as políticas públicas,
com certeza, se baseiam nos dados do IBGE, e assim deve ser, para que possamos
dar à sociedade uma vida cada vez melhor, mais digna e com mais qualidade.
Parabéns.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a
palavra.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente; Sr. Ademir e sua equipe, eu
venho aqui em nome do Bancada do meu Partido, o Partido dos Trabalhadores, dos
Vereadores Sofia Cavedon, Adeli Sell, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Carlos
Todeschini e Aldacir José Oliboni. Primeiro, quero cumprimentá-los pelo
trabalho que os senhores vêm realizando no IBGE, localmente e no Brasil todo. Segundo,
eu quero trazer um questionamento e uma sugestão. Particularmente, eu atuo no
Conselho Nacional das Cidades, e nós temos nos debruçado sob o ponto de vista
do tema habitacional, principalmente a Habitação de Interesse Social, e
chamaram-me atenção os dados apresentados pelos senhores de que temos 750 vilas
irregulares em Porto Alegre, e de que, nessas vilas, ainda não existe grande
parte do serviço básico, que é o de saneamento; a energia elétrica é com
“gatos”, enfim, uma luta que temos tido para regularizar. Os dados que os
senhores apresentaram parecem-me estar desfocados, e aí eu faço um
questionamento: eu não encontro essas vilas irregulares no mapa oficial da
Cidade; elas não estão registradas no mapa oficial da Cidade. Aí eu poderia
citar um debate que temos feito aqui nesta Casa. O Lami, a Primavera, a Araçá,
nada disso está no mapa, e há lá 1.400 famílias, por exemplo. É um
questionamento que eu faço neste momento, porque acho que nós temos que
incorporá-las.
A segunda sugestão que aqui entrego aos
senhores: nós temos aprovado, aqui nesta Casa, um conjunto de delimitações
geopolíticas, com novos bairros. Particularmente, aqui apresentei um projeto
que redefiniu o bairro Ponta Grossa e o bairro Belém Novo, criou o bairro
Chapéu do Sol, criou o bairro Campo Novo, readequou o bairro Hípica, mas a
atuação dos órgãos integrados, inclusive, como Correios e outros, continua
tratando como se essas leis não existissem. Então, eu percebo que há uma
dificuldade de adequação sob o ponto de vista do que se aprova da legislação e
já de incorporá-la ao processo geopolítico e social. Inclusive quero entregar
aos senhores aqui esses novos bairros que foram criados, para auxiliar nessa
integração do trabalho que temos feito. O nosso muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu fiz esse questionamento ao José Renato a
respeito do saneamento. Pode ser que estejamos com isso superdimensionado, mas
nós fizemos 50 “Câmara na Comunidade”, e eu acho que nenhuma dessas vilas tinha
esgoto canalizado, muito menos separado do pluvial, o mesmo acontece com a
energia elétrica. E apareceu aqui como uma Cidade com 93% de cobertura de
saneamento básico! Eu acho que esse índice não corresponde à realidade. Então,
seria bom que vocês explicassem a metodologia, para que ficasse mais claro para
nós, ou a que se refere exatamente.
O Sr. Ademir Barbosa Koucher está com a palavra.
O SR. ADEMIR
BARBOSA KOUCHER: Com relação a saneamento, esse material que nós mostramos
agora são alguns indicadores que nós construímos a partir da conceituação que
nós utilizamos no Censo 2010. Mas esse questionário simples que nós aplicamos
em todos os domicílios gera informações para cada um dos 2.433 setores
censitários de Porto Alegre. Cada setor tem, em média, 300 ou 400 domicílios.
Então, essas informações podem ser verificadas setor a setor, bairro a bairro.
O que precisamos é pegar o conceito que o IBGE utilizou, em 2010, e verificar
isso bairro a bairro, setor por setor, em Porto Alegre, localidade por
localidade, sem problema nenhum. O que nós trouxemos aqui foi só um mapa do
total do Município e alguns indicadores que nós construímos para dar uma ideia
de como o Município evoluiu ao longo desses 10 anos. Mas essas informações
existem, setor por setor, com relação à energia elétrica; se há ou não
saneamento; se o saneamento é direto ou junto; se é fossa séptica ou não; isso
tudo está detalhado. Então, essas informações precisam ser manuseadas...
(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)
O SR. ADEMIR
BARBOSA KOUCHER: Com relação à irregularidade, nós levantamos informações
domicílio por domicílio. Nós não verificamos se o domicílio é regular ou não;
nós só perguntamos se o domicílio é próprio; na condição de ocupação, a gente
pergunta se ele é próprio, se ele é alugado ou se ele é cedido, mas não
verificamos se ele está numa área ilegal ou coisa que o valha. Nós levantamos
informações para o conjunto dos domicílios. E, com relação à legislação de bairro,
Vereador, nós, em 2010, levantamos os dados pela legislação que existia até
então. Então, o que nós fazemos? Nós sempre seguimos o que a legislação prevê
em termos de delimitação de bairros. Se a lei diz que o bairro vai por aqui,
nós consideramos que o bairro vai por ali, sem contar que Porto Alegre, em
2010, ainda tinha mais de 100 mil pessoas morando em áreas sem lei de bairro.
O SR. JOSÉ
RENATO BRAGA DE ALMEIDA: Complementando, o que o Ademir colocou sobre a
questão da metodologia, o IGBE trabalha com a metodologia do centro. É uma
metodologia internacional, não é uma metodologia do IBGE, e um fator importante
para nós, que trabalhamos com pesquisas, ele é significativo: essas informações
são prestadas pelos moradores. As pessoas que realizam o trabalho são
orientadas a não induzir respostas. O recenseador vai numa casa e pergunta qual
é o rendimento do morador, e o que o morador informar nós registramos. Então,
também tem essa situação, e isso reflete o retorno da população. Por isso que o
IBGE, durante o Censo, faz um trabalho junto à população, mostrando a
importância dessas informações, a importância de você fornecer a informação e
os dados corretos. São esses dados que vão refletir essas publicações e vão ser
subsídios para os governantes desenvolver projetos dentro de seus Municípios.
Na questão das vilas, o IBGE trabalha com conceito de domicílio e uma
metodologia específica para aglomerar subnormais – que o Ademir que nós
estaremos lançando no dia 15 agora –, que tem toda uma metodologia também para
esse domicílio. Então, nós não identificamos vilas, nós identificamos moradores
e domicílios subnormais, dentro de um conceito de IBGE. Não atendendo esse
conceito de IBGE, ele não é caracterizado como um domicílio subnormal, como as
favelas. Então, sobre essa questão da legislação, o IBGE não tem, por
determinação, por obrigação, a questão de definir bairros. Nós trabalhamos com
as prefeituras. Então, nós mensalmente vamos às prefeituras e buscamos toda a
documentação das prefeituras, que nos informam a Legislação Municipal. Onde
houver uma alteração, onde houver uma lei, a gente verifica. Neste documento
que o senhor nos forneceu, com certeza, hoje, talvez a gente já tenha essas
informações, porque são de 2011; mas, quando nós fizemos o Censo em conjunto
com a Prefeitura, o número de bairros de Porto Alegre eram esses. A mesma coisa
para efeito de limites intermunicipais; isso também não é competência do IBGE,
é do Governo Estadual, através da Secretaria de Agricultura, que define essa
questão de limites. Nós pegamos essa legislação e trabalhamos com as
informações. Com o bairro é a mesma coisa. A gente tem alguns problemas de
cidades que consideram bairros que, para efeitos legais, não são bairros. Essa
informação será do Município, sem a definição de bairros.
Eu estava conversando com a Presidente, fazendo
sugestões. É importantíssimo para os senhores que as equipes técnicas
participem desses projetos sobre os quais estamos conversando, de sabermos,
como o Ver. Luiz Braz falou, desse segredo desse site. Na realidade, ele não tem segredo. Ele tem alguns caminhos
que são necessários conhecer para podermos navegar nesse site e ter todas as informações. Hoje ele já permite que eu
verifique as informações que me interessam e eu posso fazer uma planilha. Então,
é fundamental para os senhores que as equipes técnicas tenham conhecimento
desse site e possam navegar nas
informações, fornecendo aos senhores inúmeras delas, que estão à disposição e
que são, com certeza, fundamentais no trabalho que os senhores desenvolvem. Por
isso que o IBGE está aqui colocando-se à disposição dos senhores no que
pudermos fornecer. Esses dados têm o objetivo de atender principalmente aos
Municípios.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada pela presença do Ademir,
Supervisor de Divulgação do IBGE; do José Renato e do Ernesto Dornelles.
Nós vamos organizar essa aula de uso dos dados e
navegação do site do IBGE para a
assessoria dos nossos Vereadores e até para a Casa, para os nossos servidores.
Agradeço muito as presenças de vocês.
Suspendo a Sessão por um minuto para as
despedidas.
(Suspende-se a Sessão às 15h10min.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h12min): Estão reabertos os trabalhos.
Pergunto se algum Vereador quer se pronunciar em
Comunicação de Líder. (Pausa.) O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
(Sessão interrompida por falta de energia
elétrica.)
O SR. NILO
SANTOS: Srª
Presidente, aproveito, enquanto o Ver. Mauro Pinheiro se prepara, para fazer
uma sugestão, que fica para a próxima presidência desta Casa: que seja
providenciado um gerador, porque é impossível que uma casa com a importância da
nossa não tenha um gerador e nós tenhamos que...
(Sessão interrompida por falta de energia
elétrica.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo Memorando nº 110/2011, de autoria da Verª
Fernanda Melchionna, que solicita representação externa da Câmara Municipal de
Porto Alegre, nos dias 01 e 02 de dezembro do corrente ano, para participar do
II Seminário Internacional da Fundação Lauro Campos, sem ônus pra esta Casa.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h23min): Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
O SR. NELCIR
TESSARO (Requerimento): Srª Presidente, solicito inversão da ordem dos
trabalhos. Em primeiro lugar o Requerimento nº 090/11. Depois, segue-se a ordem
normal.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Nelcir Tessaro. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ. Nº 090/11 – (Proc. Nº
3834/11 – Ver. Nelcir Tessaro) – requer
a Moção de Solidariedade aos Oficiais de carreira de nível superior da
Brigada Militar, composta por capitães, majores, tenentes-coronéis e coronéis
da ativa e da reserva altiva.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento nº 090/11, de
autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que requer Moção de Solidariedade aos
Oficiais de carreira de nível superior da Brigada Militar, composta por
capitães, majores, tenentes-coronéis e coronéis da ativa e da reserva altiva. O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 090/11.
O SR. NELCIR
TESSARO:
Srª Presidente, em virtude do adiantado da hora, e como nós temos uma Ordem do
Dia extensa, eu gostaria que este encaminhamento não fosse só meu, mas que
fosse de todos os Vereadores desta Câmara de Vereadores, e eu só vou usar dois
minutos do meu tempo justamente porque acho que todos os Vereadores desta Casa
estão apoiando os oficiais da Brigada Militar nesse pleito dirigido ao nosso
Governador do Estado. Está aqui presente o Coronel Riccardi, Presidente da
Associação dos Oficiais da Brigada, os Vereadores desta Casa estão apoiando
esse pleito, então estamos colocando aqui – toda esta Casa e todos os
Vereadores – uma Moção de Solidariedade, pedindo ao nosso Governador Tarso
Genro para que abra o diálogo, pois isso é muito importante para manter a
Segurança pública. Então, nós estamos pleiteando isso também, como já fizemos
com os delegados de polícia, e hoje também recebemos os escrivães, pois
entendemos que toda a Segurança pública – e aqui não estamos distinguindo os
soldados – merece do País um tratamento especial. Sendo assim, estamos
apresentando esta Moção de Apoio aos oficiais, que aqui estão presentes, para
que eles possam ser atendidos pelo nosso Governador do Estado. Muito obrigado, Srª
Presidente, por ter antecipado esta votação, já que os nossos oficiais estão
aqui aguardando.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 090/11, de autoria do Ver. Nelcir
Tessaro.
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª
Presidente, quero cumprimentar os Vereadores e as Vereadoras, os oficiais da
Brigada que estão aqui presentes. O Ver. Nelcir Tessaro está solicitando Moção
de Solidariedade aos oficiais da carreira de nível superior da Brigada Militar,
composta por capitães, majores, tenentes-coronéis, coronéis da ativa e da
reserva altiva, por motivo de sua luta pelo equilíbrio remuneratório dessa
carreira com as demais carreiras jurídicas do Estado, especialmente em razão da
complexidade laboral do cargo de oficial da carreira de nível superior que tem
como requisito de ingresso exclusivo o bacharelado em Direito. Ora, nada mais
justo do que esse pleito dos oficiais da Brigada Militar. Eu só colocaria, meu
amigo Ver. Nelcir Tessaro, juntamente com esse pleito extremamente justo dos
oficiais da Brigada, que realmente ficaram, em relação a outros funcionários
públicos, Ver. Reginaldo Pujol, que entram no serviço público baseados no seu
diploma de bacharéis em Direito, bem aquém, por exemplo, dos procuradores e de
outros tantos, que, por causa do diploma em Direito, começaram a ganhar um
pouco mais – ou bem mais. Eu colocaria aqui que praticamente toda a Brigada
Militar, porque, se nós perguntarmos hoje para qualquer membro da Brigada
Militar se ele está satisfeito com seus vencimentos, muito embora, é claro, o
Governo tenha feito um esforço para dar um pequeno aumento para os soldados
recentemente, a resposta sincera será que todos estão insatisfeitos. Ora, todos
nós temos orgulho da Brigada Militar. A Brigada Militar é um orgulho para todo
o Rio Grande do Sul. A gente pode não ter confiança nas outras instituições,
mas, quando se fala da Brigada Militar todos demonstram confiança e orgulho de
ter uma Brigada Militar aqui para proteger a nossa sociedade. Ora, mas isso não
basta! Onde está o reconhecimento? Por que as pessoas que comandam a Brigada
Militar não merecem o reconhecimento por parte do Governo do Estado? Onde está
o reconhecimento, Ver. Elói Guimarães, para os soldados desta Brigada Militar?
Porque afinal de contas nós vemos tanto dinheiro neste nosso País, que é
riquíssimo, mas que, infelizmente, é rico apenas para uma meia dúzia: só para
aqueles que acompanham o Governo, só para aqueles que são os companheiros do
ex-Presidente Lula, mas que ainda manda muito no País, só para eles! Eles podem
tudo, eles enriqueceram! José Dirceu, Palocci, Dilma, filho do ex-Presidente
Lula, todos eles enriqueceram! É claro que, se eles ficaram ricos, não sobra
dinheiro, Ver. Mauro, para pagar corretamente a Segurança pública, os
professores, a Saúde; estes ficam para um segundo plano! Então, nada mais justo
do que esses setores, que dão muito de si para que a sociedade possa ainda
existir, e possa existir com segurança, que possam fazer essa reivindicação,
Ver. Haroldo de Souza, de se equipararem com as demais carreiras de nível
superior, cujo ingresso exclusivo é baseado no bacharelado em Direito. Ora, é
muito justo que isso aconteça. Eu acho que esta Moção apenas não está completa.
Acredito que o reconhecimento para essa área da Segurança tinha que ser, Verª
Maria Celeste, para todos. Eu não estou dizendo que o culpado seja o atual
Governador, porque, afinal de contas, esses erros vêm sendo cometidos, ao longo
da história, por todos os governadores. O último Governador, que acabou fazendo
algum tipo de reconhecimento para os oficiais da Brigada, foi o Governador
Collares – eu tenho que reconhecer – porque o Collares foi o que deu aquele
aumento maior para os oficiais da Brigada Militar, mas, em compensação, essa
atitude estabeleceu também um fosso entre os oficiais e os soldados da Brigada
Militar, e isso tem que ser desfeito, tem que ser corrigido algum dia.
Mas eu quero dizer que vou votar, com certeza,
favoravelmente a esta Moção, muito bem colocada pelo meu amigo Ver. Nelcir
Tessaro. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 090/11.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Srª
Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, os dois Vereadores que me antecederam, cada um com seus
argumentos próprios, já estabeleceram a correção e a justeza do pleito dos
oficiais superiores da gloriosa Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul,
qual seja, de eles serem reconhecidos nos seus direitos. Aliás, o que mais se
busca no País, nos dias atuais, é o reconhecimento de direitos, e o que mais se
ouve, de todos os governantes, não só do que está instalado hoje no Palácio
Piratini, é que são justas as reivindicações, mas que falta dinheiro para
atendê-las com a brevidade com que todos desejam que sejam atendidas.
Acho que não podemos exagerar nem num sentido
nem no outro. Nós não podemos esperar que os componentes da Brigada Militar do
Estado do Rio Grande do Sul, que há mais de cinco ou seis anos ouvem essa
desculpa, permaneçam eternamente aguardando que haja o milagre de que o recurso
venha a aparecer de uma hora para outra. Acho que se desde o primeiro momento
em que foi reconhecido esse direito como justo, se tivesse feito o
escalonamento no tempo para que ele pudesse ser atendido – está tão distante a
primeira manifestação nesse sentido –, ele já estaria resolvido.
Nós não estamos aqui pretendendo que o Estado do
Rio Grande do Sul faça o “milagre da multiplicação dos pães”, apesar de os
jornais, no dia de hoje, estamparem que a arrecadação do Estado cresce
maravilhosamente bem, que já se arrecadaram, Ver. Ferronato, mais de 500
milhões de reais do que o previsto no Orçamento deste ano. Na melhor das
estimativas, já está superado em R$ 500 milhões.
Então, o problema da carência de recurso existe,
mas não é tão grande assim que possa obstar uma forma inteligente de não se
reconhecer, no discurso, o direito de os oficiais superiores da Força pública
do Rio Grande do Sul receberem esses valores, como, efetivamente, se viabilizar
que, progressivamente, isso venha a acontecer.
Eu não quero, Ver. Braz, que façamos aqui algo
como vimos fazendo, Ver. Dib, todos os anos em que apoiamos a Emenda
Constitucional que dá mais recurso para a Saúde no Brasil, pois durante dez
anos nós estamos apoiando esse fato, e, durante dez anos, isso não vem
acontecendo neste País.
Nós não podemos ficar eternamente aguardando que
a Justiça reconheça o pleito dos oficiais da Brigada Militar do Rio Grande do
Sul para que possam ser atendidos.
Por isso, então, o nosso discurso não é apenas
apoiar a medida; é clamar, exigir, buscar medidas urgentes e objetivas que
desfaçam esse problema que está eternizado. Agora e já, reconhecimento
verdadeiro aos nossos gloriosos brigadianos! Era isso, Srª Presidente. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
090/11.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB:
Srª Presidente; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, eu quero apenas dizer que o meu Partido, o Partido
Progressista, que teve como Governador Jair Soares, apoia o pleito da Brigada
Militar, porque realmente é justo, porque realmente eu já havia dito que eles
não trabalham com as armas que têm e de que dispõem; eles trabalham com a alma
que têm na defesa, nos cuidados que têm com a segurança de todos nós, os cidadãos.
O nosso apoio integral. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 090/11.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, senhores oficiais, aqui presentes, da Brigada Militar;
Presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar, Coronel Riccardi
Guimarães, filho de um grande Comandante da Brigada, Jesus Linares Guimarães, que deixou marcas indeléveis, quando presidia
a Brigada Militar; é uma homenagem que faço agora ao seu velho pai.
Nós temos tratado as questões com relação à
Segurança e à Brigada também, em diferentes momentos; temos feito homenagens à
Brigada Militar, ao papel da Brigada na história gaúcha. A Brigada nasceu sob o
fogo da Revolução de 1935, uma história extraordinária. Então, em nome do PTB,
em nome do Brasinha, do Nilo Santos, do DJ Cassiá, nós queremos trazer, Ver.
Nelcir Tessaro, o nosso voto, a nossa manifestação à Brigada Militar, e,
ademais, o que a Brigada está a pedir está disposto na Constituição; não é nem
aquela luta da Brigada, num melhoramento, pelo fato de a Brigada ser Segurança
Pública, nem é isto. É exatamente a isonomia. Há julgados dos Tribunais
Superiores, estabelecendo a isonomia nas carreiras jurídicas. Então, a partir
dos capitães, majores, tenentes-coronéis, coronéis, exatamente, eles detêm essa
função; isso aí já está integrado no próprio cargo. Então, a Justiça se impõe,
porque é um dispositivo da Constituição que manda aplicar a isonomia, em face
às decisões dos Tribunais, àqueles que têm carreiras jurídicas. É o caso da
Brigada Militar, dos capitães. Então, fica aqui a nossa manifestação favorável.
A Brigada tem que receber essa justiça, esse pleito, por todos os fatores.
Portanto, fica aqui a nossa manifestação de apoio à presente Moção. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para encaminhar a
votação do Requerimento nº 090/11.
O SR. ELIAS
VIDAL:
Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e
demais presentes.) Estou falando aqui em nome da nossa Bancada, que é formada
por este Vereador e pelo Ver. Paulinho Rubem Berta.
Aproveito para dar os parabéns ao Ver. Tessaro,
pela sua iniciativa de buscar o apoio desta Casa na Moção de equiparação
salarial ou de uma política por melhores salários.
Vou fazer uma fala bem resumida, porque essas
falas vão clareando melhor, tanto o nosso conhecimento quanto para aqueles que
estão ouvindo aquilo que a imprensa está divulgando.
Quando se faz uma pesquisa, hoje em dia, o que a
sociedade quer em primeiro lugar? Pelo que tenho visto, corrijam-se se eu
estiver errado, é a segurança que tem vindo em primeiro lugar. Segurança tem
que vir com a continuação da vida. A gente tem visto o que tem acontecido na
sociedade, mesmo com todos os esforços. Então, tratando-se de segurança, acho
que todo esforço sempre vai ser muito pouco.
Agora, o Estado precisa corrigir algumas
distorções, Dr. Raul, algumas injustiças. A Brigada Militar já está com quase
200 anos, porque já passou de um século, há muito tempo, está com 174 anos – é
muito tempo –, é uma instituição séria, respeitada, neste Estado, pela
sociedade e muito querida.
Agora, só para servir de parâmetro, fazendo uma
comparação, um delegado, que tem quatro etapas, quatro fases na sua escala de
tempo, e na política salarial que foi desenvolvida, no primeiro estágio – que
se equipara a capitão –, o capitão já tem uma desvantagem de R$ 3 mil. Depois,
temos a segunda, terceira e a quarta fase. Nesta última fase, que é a de
coronel, quando se chega com 35 anos, há uma desvantagem de R$ 1.500,00. Não
que eu ache que está errado o delegado; acho que ele está correto, que deveria
ganhar até mais e melhor.
O que não é justo e não é certo, no meu conceito
e, acredito, no conceito dos Vereadores, pelo conteúdo que estamos ouvindo das
falas, é isso estar acontecendo com uma corporação que tem a ver com segurança
em todos os aspectos. Há uma rede, uma malha de segurança, que vai desde os
trabalhos relacionados aos bombeiros ou trabalhos ligados direto ao Executivo,
enfim, ao comando dos trabalhos em todo o Rio Grande do Sul; então, não é justo
que quem executa, elabora, planeja e que tem a responsabilidade de responder,
nas últimas instâncias, seja penalizado por uma condição de uma política que
não seja de equilíbrio e de bom-senso. Então, este Vereador do PPS, juntamente
com o Ver. Paulinho Rubem Berta, se somam aos esforços representados nesta
Moção.
Quando isso chegar nas outras esferas do Governo
do Estado, saibam que esta Casa vê com bons olhos essa política de justiça e de
reparação de equilíbrio salarial, porque, em algumas instituições, percebe-se
um avanço muito rápido nos seus salários. Algumas instituições recebem isso com
pouco esforço, com pouca luta; outras, no entanto, sofrem muito, e a coisa vai
andando a passo de tartaruga. Acho que precisamos nos somar. Este Vereador e o
Ver. Paulinho Rubem Berta, que compõem a Bancada do PPS, somam-se a essa luta.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 090/11.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhores oficiais que nos dão a
honra de estar aqui hoje; eu quero fazer inicialmente um elogio à oposição da
Casa, Ver. Reginaldo Pujol, e digo por quê. A oposição faz bem, ajuda o
Executivo a trabalhar um pouco mais, ajuda o Executivo a ter mais atitude,
ajuda o Executivo a reconhecer o que não está fazendo, o que não está
acontecendo lá na Assembleia Legislativa, porque a oposição está restrita, até
pelo próprio Governador, ao PMDB. O Governador, quando ganhou a eleição, disse
ao meu Partido: “Vocês são da oposição”. E foi muito bom! O seu Partido também,
Ver. Reginaldo Pujol; o PP também; o seu Partido, Ver. Luiz Braz, também; mas
nós somos um número muito pequeno na Assembleia Legislativa. E o que acontece
na Assembleia Legislativa, o que acontece no Governo do Estado sem oposição?
Sem oposição que possa derrubar os votos, os vetos, os projetos. O Governador
tem uma maioria absoluta, é um verdadeiro rolo compressor, Ver. Garcia. Então,
o Governador Tarso Genro está, desde o início do ano, em berço esplêndido. Não
tem oposição, na cabeça dele, mas tem a oposição do povo! A grande oposição
está ali fora. Ao contrário daqui, onde a Bancada de oposição é ativa, muito
ativa.
(Aparte antirregimental da Verª Maria Celeste.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: É
uma minoria que fala, que pode falar. Lá na Assembleia, nem pode falar! Os Oficiais
que estão aqui hoje parecem poucos, mas acontece que a grande maioria deles,
Tenente-Coronel Quadros – que cuida lá da minha Zona Norte, que está aqui
porque trabalhou de noite, certamente, eu o vejo seguido nas blitze –, trabalham muito, por isso não
podem vir aqui! Mas eu quero dizer que vocês representam muito bem a Brigada,
os Oficiais todos da ativa e da reserva. E o Governador Tarso não está só
tratando mal os senhores, ele conseguiu tratar mal todo o Estado do Rio Grande,
todo o Estado está maltratado. É um ano de Governo, é o Governo mais pífio que
já se viu no Rio Grande, no primeiro ano. Não tomou uma atitude; uma atitude! O
magistério está brabo, o setor da Saúde também; os delegados que estiveram há
poucos dias aqui também! Eu não sei... Só estão satisfeitos sabem quem? Os CCs
do Sr. Tarso Genro! Os quinhentos e poucos CCs que o rolo compressor, como eu
disse lá na Assembleia, esses estão felizes! Ele aumentou os CCs! Aumentou, com
um valor lá em cima! E aí os Oficiais têm que fazer um movimento ordeiro, educado,
como vocês estão fazendo, para receber o quê? Aquilo que é de direito, aquilo
que têm o direito de receber, vocês não estão pedindo um absurdo. Mas o
Governador, que era Ministro até pouco tempo atrás, prometeu – quando era
Ministro! – dar um dinheiro para qualificação, bolsa de estudo, ou
salário-Copa, ele inventou um monte de coisas na campanha, que não está
cumprindo nem com o soldado, nem com o oficial, com ninguém!
Então, eu quero dizer para os Srs. Oficiais, e
que levem aos demais pares, que nós somos parceiros, sim. O PMDB da Câmara de
Vereadores, lá na Assembleia Legislativa também, nós estamos solidários, vamos
assinar a Moção e estamos na trincheira junto com cada um dos senhores, porque
essa luta é justa. E o Governador tem que abrir o olho, o ouvido e se portar
como Governador do Rio Grande, fazer alguma coisa ou, pelo menos, reconhecer o
direito que quem trabalha tem, que é o direito sagrado de receber aquilo que
merece, sem distinções. Não há diferença se é superior o coronel, o delegado, o
promotor ou o defensor público. (Palmas.) São cargos superiores, e a
importância de cada um se mede pelo trabalho que faz. E a Brigada, eu tenho
certeza, faz um grande trabalho para o Rio Grande! Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 090/11.
O SR. AIRTO
FERRONATO:
Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhoras e senhores aqui presentes; a nossa saudação toda especial aos ilustres
visitantes, Oficiais da nossa Brigada Militar; aqui já se falou bastante sobre
a questão do serviço público, e, na visão do cidadão, quando se fala na Brigada
Militar, se fala num serviço de excelência para o povo gaúcho. Eu sou
funcionário público aposentado desde o ano passado, trabalhei na União, no
Estado e, agora, aqui, na nossa Câmara Municipal. Sou agente fiscal de tributos
estaduais, sou funcionário da Fazenda do Estado.
Eu quero fazer, primeiramente, um parêntese
quando o Ver. Cecchim fala na oposição que inexiste lá e que lá é rolo
compressor e aqui não. Nós estamos aqui com 36 Vereadores, 10 de oposição e 26
de situação. Portanto, o tal rolo compressor...
Mas o assunto não é esse, a questão é o pleito
dos Oficiais da Brigada Militar. Nós precisamos registrar aqui as nossas
funções de Estado. Nós, os senhores, a Brigada desempenhamos função de Estado.
Significa dizer que não são funções meramente de Governo para o Governo,
desempenhamos funções para a sociedade gaúcha. E, se assim estamos com essas
designações e essas funções, precisamos, sim, ser bem remunerados! O cidadão
quer e precisa de um serviço de qualidade. E a prestação de serviço de
qualidade passa pela estrutura que os governos, sucessivamente, nos oferecem, nos
colocam à disposição. Daí por que lutar, disputar, pretender, querer paridade
de remuneração é uma luta justa, é uma pretensão justa e é um anseio que a
sociedade apoia, porque compreende, sabe, conhece, respeita, tem interesse!
Quem de nós, cidadão e cidadã, não precisaria,
não gostaria, não pretenderia ter, próximo de sua residência, a presença da
Brigada Militar. Todos nós, sem exceção! Ora, se isso é verdade, e é, nada mais
justo do que se fazer justiça remuneratória, porque é disso que as carreiras
precisam. Não é possível que carreiras de Estado de nível superior umas ganhem
bem mais do que as outras! Por isso nós estamos aqui, em meu nome, em nome do
meu Partido, o PSDB, para registrar o nosso apoio à Moção de Solidariedade que
assinaremos. Obrigado, e um abraço a todos! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Waldir Canal está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 090/11.
O SR. WALDIR
CANAL: Senhoras
e senhores, boa-tarde; a minha manifestação é breve. Eu quero cumprimentar os Oficiais
da Brigada, cumprimentar essa representação importante que veio a esta Casa,
sabemos que veio uma comissão para representar a Brigada Militar do nosso
Estado. Sabemos que, neste momento, a Brigada Militar está em atividade nas
ruas, defendendo a nossa população, agindo em prol da segurança dos munícipes
de Porto Alegre, do cidadão gaúcho em todo o Estado. O PRB, aqui na Câmara,
através deste Vereador, tem a dizer que estará apoiando, sim, assinando essa Moção
de Solidariedade nessa luta pela equiparação salarial com as demais carreiras
jurídicas. Quero dizer que podem contar com o nosso apoio. Nós sabemos que o
que os Oficiais da Brigada desejam é aquilo que os delegados de polícia querem
agora. Mas, se somente a igualdade de salário já contenta o apelo, a luta que
vocês estão enfrentando, da nossa parte, a Bancada do PRB presta solidariedade,
estaremos assinando e juntos nessa luta. Esperamos que sejam bem-sucedidos
nessa luta justa e merecida. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 090/11.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª Presidente, Sofia Cavedon; serei breve, até
porque acho que os demais Vereadores já disseram quase tudo que é o sentimento
desta Casa. Quero cumprimentar o Cel. Riccardi e o Cel. René, cumprimentando os
demais Oficiais da Brigada Militar, os que estão aqui e os que estão
trabalhando, evidentemente.
Quero dizer que a Bancada do PSD é favorável à
isonomia. Nós também temos o entendimento de que é lamentável que classes
trabalhadoras, profissionais de altíssima qualificação, como são os Oficiais da
Brigada, os Delegados de Polícia, tenham que perambular pelos plenários das
Câmaras de Vereadores, da Assembleia Legislativa para reivindicar proventos ou
salários. Com todo o respeito, este aqui é o local, evidentemente, para
protestar, mas é lamentável que os senhores tenham que vir aqui.
Falo em nome da Bancada do PSD, do Ver. Nelcir
Tessaro, proponente, pelo que quero cumprimentá-lo; e do Ver. Tarciso Flecha
Negra, mas precisamos expressar a nossa indignação: é lamentável que os
senhores tenham que fazer essa via-sacra, buscando o reconhecimento. Só falta o
reconhecimento do Poder Público, pois, da sociedade, os senhores o têm. Vou
arriscar dizer que o único que não teve a oportunidade de dar o reconhecimento
foi o PSD, porque ainda não foi Governo, porque todos já tiveram essa
oportunidade, na sua grande maioria, e é sempre discurso, discurso, discurso.
Outro dia, estava na mídia o custo que um jovem
detento traz para o Estado: em torno de R$ 9 mil. Parece que os Governos se
preocupam em investir nos detentos e não naqueles que estão fazendo a segurança,
evitando que aumente o número desses detentos. É lamentável que o Município, o
Estado e a União gastem tanto com os bandidos e não se preocupem com a origem
para diminuir o número desses futuros bandidos!
Fica aqui o nosso apoio, mas também a nossa indignação
por os senhores terem que vir aqui a este plenário! É bom que estejamos aqui
para isso, mas é lamentável que os senhores tenham que vir aqui, que tenham que
ir lá na Assembleia para fazer esse protesto e buscar guarida. Por isso, o PSD
defende uma Constituinte. Nós temos que ter um atendimento diferenciado. Os
senhores não podem participar de um leilão, de uma assembleia de quem não tem
capacidade técnica de avaliar o quanto é importante e o tamanho da qualificação
dos senhores.
Assim, fica aqui o nosso protesto nesse sentido,
também. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
090/11.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; meus colegas
Vereadores e Vereadoras; senhoras e senhores, trabalhadores da Segurança,
oficiais da Brigada Militar, representados pelo Coronel Riccardi, a quem
cumprimento; quero dizer que há poucos dias fizemos um debate na Bandeirantes
em que afirmava que a nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores lutaria para
que o processo de diálogo e democracia seja um processo permanente e que isso
seja evolutivo. Mas esta é uma Casa política, e aqui, em nome da minha Bancada
e na Liderança, não posso deixar de tratar de alguns temas dos quais os meus
colegas Vereadores já aqui trataram.
Primeiro, a Brigada Militar é um patrimônio do
Rio Grande do Sul e do Brasil, e assim devemos tratá-la. A política de
reconhecimento e a política salarial não iniciaram agora no dia 1º de janeiro;
elas vêm de longo tempo. Aí, meu querido Luiz Braz, vir aqui com discurso fácil
não dá! Inclusive, nós estamos cumprindo um Orçamento que foi remetido e
aprovado no Governo Yeda, em 2011; o Orçamento é do ano passado. E vem falar em
corrupção. Onde estão os 41 milhões do Detran que roubaram do Estado? Será que
isso não daria muito bem para pagar os trabalhadores da Segurança?
Portanto, não dá para fazer esse discurso fácil,
e não quero fazer esse discurso fácil, porque temos que ter, aqui – todos os
Partidos –, um compromisso com a Segurança Pública e poder qualificar a
instituição Brigada Militar cada vez mais. E a qualificação de uma instituição
é a satisfação dos seus trabalhadores, seja dos praças, seja dos oficiais. Aí
quero dizer que falei há pouco com o Coronel Sergio Abreu, Comandante da
Brigada, e ele me dizia que está havendo diálogo, que não vai ser interrompido,
pelo menos por parte do Governo, e que tem uma proposta feita. Bom, propostas
são para dialogar, propostas são para a mesa, de agora já, a partir do mês de
janeiro ou março, haver uma reposição de 10% das perdas, e, a partir do mês de
abril, estabelecer a mesa do diálogo. Isso é uma proposta, que pode ser aceita
ou não. Só não será trabalhada se não houver diálogo. E por parte do Governo do
Estado o diálogo está aberto.
Então, eu gostaria de registrar que essa
política de valorização dos trabalhadores da Segurança... Na Brigada Militar,
inclusive os praças receberam 25%, há pouco tempo, o que era uma reivindicação
de longo tempo. E não há, numa corporação em que existe hierarquia, um praça
satisfeito e um oficial não satisfeito, ou um oficial satisfeito e um praça não
satisfeito. Então, tem que tratar a corporação como um todo.
Na semana passada, estiveram aqui os Delegados.
E nós dissemos que a nossa Bancada também apoia a luta dos Delegados. Agora, há
uma outra questão política: o Governo assumiu o compromisso de tratar os
Delegados com a mesma postura com que trata os Oficiais da Brigada. (Palmas.) E
como é que se faz isso? Avançando no debate, avançando no diálogo. Então, eu
gostaria aqui de tratá-los como quem constroi uma instituição como a Brigada
Militar, que tem respeito à hierarquia e às autoridades. E é esse o processo
que nós temos que qualificar cada vez mais.
Portanto, prezados senhores e senhoras aqui
presentes, eu gostaria de chamá-los de trabalhadores da Segurança. Esse é um
tema que a sociedade exige de nós a cada dia. Segurança, Educação e Saúde são
os três temas com a maior solicitação, maior demanda e maior necessidade que
nós, da política, devemos encarar como uma política de Estado, e não só olhar e
fazer discursos fáceis. Nós temos que constituir política de Estado, aquela que
fica, que valoriza as instituições. E a Brigada, que tem 174 anos, só é
respeitada por todos nós e pelo Brasil porque é uma instituição que cumpre esse
papel de Segurança pública, de qualidade e respeito à sociedade. Esta é a nossa
posição. Portanto, a Bancada do Partido dos Trabalhadores tem posição, sim! Nós
apoiamos, sim! O Governo Tarso Genro apoia, sim, e trabalhamos para que o
diálogo e o respeito existam. E isto está aberto neste momento, com uma
proposta que está na mesa.
Portanto, votaremos favoravelmente ao
Requerimento, porque temos esse compromisso com a Brigada, com os senhores, com
as senhoras e com a democracia deste Estado. Um grande abraço. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. ALCEU
BRASINHA: Srª
Presidente, eu tenho um carinho muito especial pela Brigada Militar, a admiro
muito, principalmente pelo trabalho que expressa. Vai Governo, vem Governo, e
não se resolve. Eu acho que está na hora de o Governador Tarso Genro chamar à
responsabilidade e dar o aumento à Brigada. Têm que ser aumentados os Oficiais
da Brigada! Isso tem que ser feito imediatamente!
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 090/11, pela oposição.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Srª
Presidente, Verª Sofia, Srs. Vereadores, Vereadoras e aqueles que nos visitam;
o Ver. Brasinha, aqui, deu uma sugestão ao Governador; eu pergunto a ele se ele
paga o que os funcionários dele merecem na loja e se ele dá todos os aumentos
que eles pedem. Se o senhor fizer isso, está de parabéns.
Agora, quando se trata de assuntos republicanos,
em que o dinheiro não é meu, não é da Presidente, não é do Brasinha, não é de
nenhum dos senhores, os critérios a serem seguidos são os de interesse público,
os critérios do Orçamento, os critérios propostos, votados e aprovados na
Câmara e Assembleia – é disso que se trata. O que nós temos visto aqui é um
grande desfile de demagogia. E isso não vale, porque as coisas têm que ser
sérias.
Nós estamos votando a favor da Moção, assim como
votamos para os Delegados. Por quê? Porque eles propuseram aqui uma forma
civilizada de tratar o assunto, com diálogo, com transparência, com discussão.
Há o reconhecimento do Governo sobre as perdas, que são muito maiores para os
praças, mas os Oficiais também merecem uma consideração. E isso tem que ser
feito de maneira dialogada, democrática e transparente e não com ações que
deixam no ar suspeitas.
Mas eu quero falar isso porque a Brigada Militar
tem feito um trabalho extraordinário e tem melhorado muito a questão da
Segurança Pública, visto que os indicadores, nas áreas mais conflagradas que
nós temos, a partir da implantação do Programa na FASC, pela Secretaria de
Segurança do Estado, e que tem à testa a Brigada Militar, mas não só, toda a
Secretaria de Segurança faz parte, resultou numa diminuição significativa da
violência, reduzindo em torno de 50% o número de assassinatos.
A comunidade tem feito o reconhecimento e
elogios incansáveis ao trabalho da Brigada Militar, dos oficiais, e, em
especial, aqui, do Comando de Policiamento Metropolitano, através do Coronel
Atamar, e de todos os agentes, e, assim, temos observado toda a Corporação, que
tem prestado um trabalho de bom para melhor, buscando cada vez se aperfeiçoar
mais.
Então, quero manifestar o reconhecimento do
trabalho comandado pelo Coronel Sérgio Abreu, que tem sido um líder modelar,
democrático, que tem tratado as questões da Segurança dentro da ordem, da
hierarquia, dentro dos preceitos da boa conduta, da melhor conduta, da
referência da Instituição, e tem traduzido isso em resultados concretos para a
sociedade gaúcha.
Isso que é o importante, isso que valoriza o
significado e o sentido da existência de uma Corporação da importância, do
tamanho e da tradição que tem a nossa Brigada Militar.
Portanto, as reivindicações dos funcionários,
aqui, no caso dos oficiais de nível superior, expressam com justeza, mas elas
precisam ser tratadas dentro do diálogo democrático, maduro, responsável, e
assim eu acredito que vá ser feito, porque é o caminho para avançar, e o
caminho para que a Segurança Pública, no Rio Grande do Sul, atinja patamares
cada vez mais respeitados e que tenhamos cada mais paz neste Estado. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PROFESSOR
GARCIA:
Srª Presidente, recebemos a informação, há poucos minutos, de que o Instituto
Ronaldinho Gaúcho enviou o material que deveria ter sido entregue até ontem,
mas que foi entregue hoje. A Comissão recebeu de forma oficial um ofício
endereçado a mim, na condição de Presidente, no qual constam os contratos, as
licitações, as explicações solicitadas nas últimas reuniões, bem como a devolução
do valor de R$ 58 mil. Este material estou passando para a Comissão, está à
disposição dos Srs. Vereadores, da imprensa e de qualquer cidadão de Porto
Alegre. Obrigado, Presidente.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Gostaria que V. Exª entregasse esses documentos
para que eu possa disponibilizar cópias, ainda hoje, pelas cotas da Casa.
O SR. PROFESSOR
GARCIA:
Seria interessante. Agradeço, porque a Comissão não tem essa disponibilidade,
apesar da vontade. Pela oportunidade, passo os documentos às suas mãos.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Os Vereadores que desejarem cópia dos
documentos, que os solicitem.
O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 090/11.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Presidente, falo aqui em nome da minha Bancada, dos
Vereadores Mario Fraga, Luciano Marcantônio, e do nosso futuro Presidente,
Mauro Zacher, eu quero me dirigir aos nossos profissionais de nível superior da
Brigada Militar, na pessoa do meu colega Tenente-Coronel Riccardi, na pessoa do
meu colega Capitão Escobar, e na pessoa do Major Malabarba que se encontra aqui
presente. Nós, do PDT, e eu, pessoalmente, não poderia me furtar de vir a esta
tribuna, realmente, defender essa categoria tão alijada e deixada à parte na
questão remuneratória dentro dos processos do Estado.
Tenente-Coronel Riccardi, eu sou filho de
brigadiano, e por várias vezes nesta Casa citei isso, lembrando da figura do
meu pai, que, na verdade, para mim, sempre foi, é e será um grande exemplo de
vida, nas suas discordâncias, fossem da corporação Brigada, fossem no âmbito do
Ministério Público, e, durante a sua carreira, teve diversas incompreensões.
Mas sempre a sua conduta ilibada, a sua conduta retilínea teve escopo na
formação que teve dentro da Brigada Militar. Então, sem dúvida nenhuma, Ver.
Tessaro, estamos juntos, aprovaremos juntos essa sua Moção, que vem em muito
boa hora. É fundamental que os profissionais da segurança pública deste Estado
sejam ouvidos e tenham o reconhecimento financeiro que foi, inclusive,
encaminhado por quem gesta o Estado hoje. E falamos aqui, há uma semana, sobre
uma Moção aos Delegados, agora estamos falando aos oficiais da Brigada, e,
certamente, isso deve ser extensivo a outros profissionais: aos peritos médicos
legistas, aos peritos criminais do nosso IGP, que, sem dúvida nenhuma, têm uma
remuneração muito aquém dos serviços que prestam ao Estado do Rio Grande do
Sul.
Então, Presidente, venho, exatamente nesse
sentido, dar-lhe os parabéns e dizer que toda a Bancada do PDT, uníssona,
votará com V. Exª, porque, efetivamente, a causa é justa, a causa é correta, e
só se pode melhorar a qualidade do servidor público, melhorar a qualidade da Segurança
Pública que se presta à população, a partir do momento em que tenham salários
mais atrativos e melhores profissionais sejam trazidos para o quadro. É
importante que isso seja feito e que esta Casa possa dar essa profunda
demonstração. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não havendo mais quem queira encaminhar, em
votação o Requerimento nº 090/11, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO. (Palmas.)
Parabéns, então, aos oficias de carreira da
Brigada Militar. Que esta Casa possa contribuir para o pronto diálogo com o
Governo do Estado, e fortalecer o trabalho da nossa amada Brigada Militar.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Srª Presidente, o art. 173 do Regimento
diz-nos que os encaminhamentos são feitos pelos Líderes de Bancadas ou
Vereadores por eles indicados. Não cabe à Liderança da situação nem à Liderança
da oposição o encaminhamento dos projetos na Casa do Povo de Porto Alegre. Obrigado.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dib observa bem. Eu entendo que,
literalmente, seria isso, mas, infelizmente ou felizmente, a Casa construiu
outra cultura. Desde que foi criada, essas duas Lideranças têm feito
encaminhamentos. Então, nós podemos revisar esse posicionamento; sugiro que V.
Exª abra esse tema na Reunião de Mesa e Lideranças.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ. Nº 082/11 – (Proc. nº 3528/11 – Ver.
João Carlos Nedel) – requer a realização de Sessão Solene, no dia 20 de dezembro,
às 19h30min, destinada a assinalar o transcurso dos 50 anos de ordenação
sacerdotal de D. Dadeus Grings, Arcebispo Metropolitano.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento nº 082/11, de autoria
do Ver. João Carlos Nedel, que requer a realização de Sessão Solene em
homenagem ao Jubileu de Ouro de ordenação sacerdotal de Dom Dadeus Grings,
Arcebispo Metropolitano, a ser realizada no Plenário Otávio Rocha, em 20 de
dezembro de 2011, das 19h30min às 20h30min. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0674/09 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 012/09, de autoria do Ver. Waldir Canal, que reserva 10%
(dez por cento) das unidades de moradia e os apartamentos térreos às pessoas
idosas e às pessoas com deficiência contempladas como beneficiárias nos
programas habitacionais populares implantados pelo Executivo Municipal, revoga
a Lei nº 10.396, de 1º de abril de 2008, e dá outras providências. Com
Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz:
pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e
da Emenda nº 01;
- da CUTHAB. Relator Ver. Nelcir
Tessaro: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Toni
Proença: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 012/09, de autoria do Ver. Waldir Canal, que reserva
10% (dez por cento) das unidades de moradia e os apartamentos térreos às
pessoas idosas e às pessoas com deficiência contempladas como beneficiárias nos
programas habitacionais populares implantados pelo Executivo Municipal, e
revoga a Lei nº 10.396, de 1º de abril de 2008. (Pausa.)
O SR. WALDIR CANAL (Requerimento): Srª Presidente, solicito a retirada do PLL nº 012/09, da priorização do
dia de hoje.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Deferido.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 4235/09 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 204/09, de autoria da Verª Maria Celeste, que reserva às
pessoas provenientes de abrigos, albergues ou casas de acolhida do Município de
Porto Alegre e inseridas em programas de assistência social unidades
habitacionais populares dos programas implantados pelo Executivo Municipal.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência
de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela
aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. DJ Cassiá: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na
Ordem do Dia em 07-02-11;
- adiada a
discussão por duas Sessões.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 204/09. (Pausa.)
A SRA. MARIA CELESTE (Requerimento): Srª Presidente, pela segunda vez, o Governo solicita avaliação sobre o
meu Projeto, pedindo que eu o retire de votação no dia de hoje. Então, eu
coloco um Requerimento pedindo o adiamento da discussão do PLL nº 204/09 por uma
Sessão.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento de autoria da Verª
Maria Celeste, solicitando o adiamento da discussão do PLL nº 204/09 por uma
Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2525/11 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 028/11, que
cria cargos em comissão e funções gratificadas, que passam a integrar a letra
“c” do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, altera a Lei nº
9.782, de 6 de julho de 2005, alterando a denominação da Secretaria Especial de
Acessibilidade e Inclusão Social (SEACIS) para Secretaria Municipal de Acessibilidade
e Inclusão Social (SMACIS), e revoga os arts. 10 a 16 da Lei nº 9.782, de 6 de
julho de 2005.
Parecer:
- da CCJ.
Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 03-10-11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 028/11.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Requerimento): Srª Presidente, solicito que este Projeto seja
retirado da priorização.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está retirado da priorização o PLE nº 028/11 por
vontade do Líder do Governo.
VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0610/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 001/11, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que altera o inc. I do caput do art. 82 da
Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973 – que institui e disciplina os
tributos de competência do Município –, e alterações posteriores, estendendo
até o 6º (sexto) dia útil de janeiro do ano da competência o prazo para
pagamento de impostos e taxa com redução de 20% (vinte por cento).
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela rejeição do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82,
§
1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM em 28-09-11;
- votação nula, por falta de quórum, do
Requerimento de adiamento da votação por cinco Sessões;
- adiada a votação por cinco Sessões.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o PLCL nº 001/11. (Pausa.) O Ver.
João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº
001/11.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB:
Srª Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, eu quero dizer a V. Exas que, como
diria o nobre Ver. Haroldo de Souza, em time de futebol que está jogando bem
não se mexe. E o que está acontecendo na Prefeitura, na arrecadação do IPTU, é
sabido e ressabido que está funcionando muito bem. A prova disso é que, no
primeiro dia útil do ano, se arrecada mais do que em todos os outros dias do
mês de dezembro. Depois do primeiro dia útil do ano, quando ainda há 10% de
desconto até o dia 10 de fevereiro, é a arrecadação normal de cada mês, não há
nenhuma alteração. Então, eu acho que está funcionando bem, o Projeto deve ser
rejeitado pelo interesse da Cidade. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
encaminhar a votação do PLCL nº 001/11.
O SR. CARLOS
TODESCHINI:
Srª Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, público que nos assiste, quero discordar da Liderança do Governo,
porque protocolei esse Projeto em 2005, o Ver. Bernardino o retoma, e é um
assunto que tem mérito; tem mérito porque estende o benefício do desconto de
20% aos que pagam o IPTU antecipadamente. O Projeto estende até o sexto dia
útil de janeiro a possibilidade de pagamento com desconto. Por quê? Porque há
muitas pessoas que recebem pela CLT até o quinto dia útil e que, se querem
usufruir do benefício, têm que fazer financiamento. Portanto, ele é justo, é
importante, Verª Fernanda, além de que a senhora deve lembrar-se muito bem,
como bancária, de que as filas, nas últimas semanas de dezembro, são
insuportáveis. Todos nós sofremos, no sistema bancário, por conta de um
acréscimo exagerado das filas, porque as pessoas querem usufruir do benefício.
Eu não concordo com o Ver. João Dib, de que isso
traga prejuízo ao Município. Não, pois são três ou quatro dias úteis de
rendimentos financeiros apenas, que são substituídos. Se o Município isenta em
20%, ele não pode beneficiar apenas os mais aquinhoados, tem que favorecer
também o trabalhador assalariado, que ganha menos, o trabalhador é que tem que
ser beneficiado!
Nós temos sempre a mão tacanha e inquebrantável
da Fazenda, que molda as regras ao seu sabor, mas não se preocupa com o pobre
trabalhador, com o contribuinte, com aquele que, na verdade, sustenta a Cidade,
sustenta o Estado através do pagamento dos tributos. Por isso, no nosso
entendimento, é direito do contribuinte ter a vida facilitada, nesse caso, com
a possibilidade de poder usufruir, sim, do benefício, mas podendo fazê-lo até
os primeiros dias de janeiro, porque, só então, é que ele recebe o seu salário,
e todos sabemos do rigor das contas de cada um, em especial os assalariados,
que são os que ganham menos.
Portanto, esse benefício, essa pequena folga tem
que ser prevista para também se estender até os primeiros dias de janeiro, até
porque isso não é nenhuma inovação e nenhuma invenção inédita, porque vários
Municípios aqui da Região Metropolitana praticam essa regra para janeiro, para
fevereiro, para março, sem problema nenhum. Por que Porto Alegre não cede? É
verdade, talvez isso traga um transtorno ao fechamento do ano fiscal, mas, de
qualquer maneira, temos que pensar que nós representamos a comunidade de Porto
Alegre, em especial a classe trabalhadora, que merece receber esse benefício.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para encaminhar a votação do PLCL nº 001/11.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª Presidenta, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, talvez esta seja a
matéria mais difícil para o Ver. João Antonio Dib, que é um homem sério, que
trabalha com coerência nesta Casa. Induzir os Vereadores a votarem contra este
Projeto deve custar caro para ele; caro no sentido de como ele ficará depois
deste momento, porque o Vereador conhece o assunto mais do que ninguém; mais do
que todos nós aqui, ele é um conhecedor da matéria. Aliás, é alguém que admiro
nesta Casa, pela coerência, enfim, só que, às vezes, ele tem dificuldades, mas,
como ninguém é perfeito... Agora, Ver. João Antonio Dib, Porto Alegre é o único
Município que tem o vencimento do IPTU no primeiro dia útil de janeiro! Eu
desconheço outro Município; não há nenhuma Capital brasileira com essa data de
vencimento! Não se trata tanto do valor de desconto dado, não se trata tanto do
desconto em si, mas a condição de impor o vencimento no primeiro dia útil de
janeiro é uma pérola para Porto Alegre. O IPTU de Porto Alegre – pagamento com
desconto, quota única – vence no primeiro dia útil de janeiro. É um sacrifício
mesmo para quem tem recurso guardado, imaginem para quem recebe o seu salário
no quinto dia útil! Não entra, não pode! Os aposentados, os pensionistas não
entram, não podem, essa condição é excludente.
O Município de Porto Alegre tem uma Receita, no
seu bojo todo, em torno de R$ 4 bilhões. Este ano, talvez chegue a R$ 3,8
bilhões. Desse valor total, os tributos de Porto Alegre – ISS, IPTU, ITBI –
chegam à ordem de R$ 1,3 bilhão. Desse valor total, o IPTU deve estar em torno
de 24% – isso do total dos tributos, porque, do total da Receita, do total dos
R$ 4 bilhões, não chega a 8%.
Então, a Receita do IPTU, neste ano, deve ficar
em torno de R$ 350 milhões, sendo que R$ 180 milhões, R$ 200 milhões pagos com
antecedência. Eu tenho certeza de que, se espicharmos esse vencimento, nós
chegaremos a 60%, 70% do total dos R$ 350 milhões, que é o valor da Receita do
IPTU. Isso é uma teimosia. Sabe o que acontece? Se não conseguirmos vencer, no
ano que vem vou protocolar de novo, até porque o Ver. Tessaro incluiu uma
Emenda propondo, então, uma última condição para que ficasse valendo para o
próximo Governo, e mesmo assim não querem. Então, é só teimosia; é um equívoco!
Não esqueçam, queridos colegas Vereadores, isto
é um debate, estamos na tribuna, enfim, é todo um trabalho que cada um faz do
seu jeito. É um teatro, é sério! Mas, lá fora, na hora do voto, não esqueçam de
que há gente nos assistindo e que vai nos perguntar como os senhores votaram este
Projeto. Este Projeto é bom para o Município – vai aumentar a Receita – e é
necessário para aqueles que não recebem seus proventos até o primeiro dia útil
do mês. Por favor, reflitam antes de votarem.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para
encaminhar a votação do PLCL nº 001/11.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA:
Srª Presidente, quero muito rapidamente encaminhar favoravelmente ao Projeto do
Ver. Bernardino – o Vereador sabe, acompanhamos a votação do Projeto no ano
passado – por duas razões muito simples: a primeira é que a maior parte das
categorias profissionais recebem até o quinto dia útil do mês; portanto, é
injusto que o desconto de 20% seja apenas para quem paga até o primeiro dia
útil do mês. Esse desconto já ocorre em várias outras cidades da Região
Metropolitana aqui do Estado. Então, os munícipes de Porto Alegre estão
perdendo a possibilidade de pagar o IPTU com desconto em função da
intransigência da Prefeitura em relação ao desconto do IPTU, que poderia
aumentar, inclusive, a arrecadação da Prefeitura Municipal, porque muitos
munícipes optam por pagar parcelado em função de não conseguirem, no prazo,
pagar com o desconto de 20%.
Em segundo lugar, vale sempre a pena relembrar a
questão do 13º salário. O Ver. João Antonio Dib tem sempre relembrado o 13º
salário, para ser contrário ao Projeto do Ver. Bernardino. Vi recentemente, na
última pesquisa, que 65% da nossa população está endividada, seja por causa do
cartão de crédito, seja por causa dos crediários, seja por causa dos
empréstimos consignados e tantos outros empréstimos que existem por conta deste
modelo que, por via de regra, têm beneficiado os bancos no Brasil, que, aliás,
a maior taxa de juros no mundo nós temos aqui no Brasil. Mas as pessoas
escolhem, e em geral usam o 13º salário para abater as suas dívidas ou garantir
as festividades de final de ano. Então, é uma injustiça atrelar o pagamento do
IPTU com desconto ao 13º salário. É fundamental ampliar para cinco dias. O
Projeto é muito singelo, aumenta apenas em cinco dias os dias para que a
população possa pagar com desconto; até o sexto dia útil.
O terceiro e último argumento, que o Ver. Carlos
Todeschini muito bem lembrou nesta tribuna, as filas quilométricas nos bancos
para pagar no primeiro dia útil do ano. O estresse dos bancários, eu sou
bancária, convivi na minha agência, com as filas quilométricas, e o estresse da
população, porque, infelizmente, a população passa muito mais do que o tempo de
espera que é determinado por lei nos bancos, para poder pagar com desconto. De
fato, também é uma questão de direito trabalhista, de condições de trabalho
para os funcionários, dos bancários das agências dos bancos. Portanto, quero
encaminhar favorável ao Projeto. Espero que esta Casa seja sensível a um
Projeto meritório, singelo e que merece o nosso voto. Espero que o debate, que
nós já fizemos dezenas de vezes na tribuna, ajude a mudar as opiniões e
garantir outra conquista para o povo de Porto Alegre.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Mario
Fraga, o PLCL nº 001/11. (Pausa.) Convido o Ver. Adeli Sell, 1º Secretário, a
proceder à chamada nominal.
(Procede-se à chamada nominal.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Srs. Vereadores, quero informar que nos atrapalhamos e não
vimos, e o Ver. Mario Fraga lembrou bem, que deveríamos votar a Emenda nº 01
primeiro. A Emenda nº 01 estabelece que a Lei Complementar entra em vigor a
partir do dia 1º de janeiro de 2013. Como a Emenda precede, eu lamento, mas nós
vamos anular esta votação e vamos fazer a votação da Emenda.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Presidente,
é inacreditável o que eu estou ouvindo. V. Exª induziu toda a Casa a um erro
clamoroso, que V. Exª está reconhecendo agora. É isto que eu estou ouvindo?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, Ver. Reginaldo Pujol, V. Exª pode dar a
graduação que quiser ao erro, mas há, sim, um erro. Nós estávamos votando o
Projeto sem votar a Emenda e nós estamos corrigindo o processo. Estamos
anulando a votação...
O SR. REGINALDO
PUJOL: Então,
não precisa contar essa votação, Excelência. Se é nula a votação, por que nós
vamos contar? V. Exª não está declarando nula a votação que ocorreu agora?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu estou declarando nula, porque...
O SR. REGINALDO
PUJOL:
Então, o Vereador está contando os votos para quê? Está contando para ver o
tamanho da nulidade, é isso?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Fica registrada a sua desconformidade, mas eu
quero retornar, pedir licença aos Vereadores, porque a Emenda altera o prazo da
vigência dessa Lei, e ela tem que ser avaliada antes.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, na verdade, deveria ser votada, em primeiro
lugar, a Emenda. Não foi! Mas o Projeto foi votado e rejeitado. Então, não há
por que votar a Emenda, se o Projeto foi rejeitado.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. João Antonio Dib, é nula a votação, não
saiu no espelho...
O SR. BERNARDINO
VENDRUSCOLO: Presidente, eu quero cumprimentá-la, é que o Ver. João
Antonio Dib ainda está na época da repressão, ele não está neste momento, ele
está naquela outra passagem, e eu quero cumprimentá-la por isso.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Vereador João Antonio Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, eu tenho um passado que não admite o que o
Ver. Bernardino Vendruscolo disse a meu respeito. O Ver. Bernardino quer
colocar o seu nome na história do IPTU de Porto Alegre, e eu quero me preocupar
com a cidade de Porto Alegre: no primeiro dia útil, a Prefeitura tem que pagar
aquilo que emitiu no dia 31 de dezembro. Eu me preocupo com a Cidade e não com
a possibilidade de aparecer, pois eu não preciso aparecer! Se eu quisesse
aparecer, eu teria outras maneiras para fazer isso, mas não é o meu caso!
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está feito o registro.
O Ver. Bernardino está com a palavra.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: O Vereador tem que respeitar o Regimento! Ele é
tão legalista, então que ele leia o Regimento!
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Bernardino.
Vereadores, eu lamento termos produzido este
erro. Não saiu na folha de rosto a Emenda, e aí nós nos passamos.
Então, com a compreensão de Vossas Excelências,
eu coloco em votação nominal, por solicitação desta presidência, a Emenda nº 01
ao PLCL nº 001/11. (Após a chamada nominal.) REJEITADA por 11 votos SIM
e 20 votos NÃO.
Em votação nominal, por solicitação desta
presidência, o PLCL nº 001/11. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) REJEITADO por 13 votos SIM e 17 votos NÃO.
Apregoo o Memorando nº
091/11, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que solicita representar esta
Casa no dia de hoje, a partir das 14h, no auditório Dante Barone da Assembleia
Legislativa do Rio Grande do Sul. O assunto a ser tratado é o Seminário de
Agroecologia.
Apregoo o Memorando nº
072/11, de
autoria do Ver. Adeli Sell, que solicita representar esta Casa nos dias 1º e 2
de dezembro, das 8h30min às 19h, no Hotel Plaza São Rafael. O assunto a ser
tratado é o Congresso Previdenciário Gaúcho – PREVIMPA e IPE.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1942/11 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 068/11, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que inclui a Feira Temática de Artesanato
do Mercado Público no Anexo II à Lei nº 10.903, de 31 de maio de 2010 – que
institui o Calendário de Eventos de Porto Alegre e o Calendário Mensal de
Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre a gestão desses calendários e revoga
legislação sobre o tema –, nos meses de abril a dezembro, e dá outras
providências.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Nilo Santos: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM em 28-11-11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 068/11. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação o PLL nº 068/11 (Pausa.). Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1958/11 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 003/11, de autoria do
Ver. Aldacir José Oliboni e outros, que
inclui art. 19-A na Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, proibindo a
nomeação ou a designação para cargo em comissão ou função de direção, chefia ou
assessoramento, na administração direta e na administração indireta, de pessoa
que seja inelegível em razão de atos ilícitos.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do
Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
discussão geral nos termos do art. 129 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 30-11-11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão, em 2ª Sessão, o PELO nº 003/11.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Encerrada a discussão.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0820/11 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 020/11, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que inclui o Festival Internacional de
Tango de Porto Alegre no Anexo II à Lei nº 10.903, de 31 de maio de 2010 – que
institui o Calendário de Eventos de Porto Alegre e o Calendário Mensal de
Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre a gestão desses calendários e revoga
legislação sobre o tema –, nos meses de maio e junho.
Pareceres:
- da CCJ.
Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para
a tramitação do Projeto;
- da CECE.
Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 26-10-11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 020/11 (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação o PLL nº 020/11 (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2813/10 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 135/10, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que cria o
Programa Acolher.
Pareceres:
- da CCJ.
Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Nilo Santos: pela rejeição do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Luciano Marcantônio: pela rejeição do Projeto (empatado).
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 03-08-11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 135/10 (Pausa.) O Ver.
Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 135/10.
O SR. CARLOS
TODESCHINI:
Srª Presidente, Srs. Vereadores, todos que nos assistem, eu peço uma atenção
aqui, porque eu quero fazer uma manifestação para tentar explicar um pouco este
Projeto. Por quê? Porque eu fui procurado por pais adotivos; fui procurado por
um movimento chamado Os Filhos Adotivos do Brasil, para produzir uma legislação
e alguma coisa que normatizasse essa relação, porque ela é muito carente em
termos de previsão de ação do Estado.
No Brasil, nós temos uma Lei de Adoção – Verª
Maria Celeste, a senhora que trabalha muito com criança e adolescente –, que
melhorou, agora, em alguns aspectos, mas piorou muito em outros aspectos; uma
Lei Federal.
E nós criamos aqui um Programa, Ver. Nedel. O
que o Programa faz? O Programa busca orientar, informar sobre adoção, oferecer
espaços para a reflexão e troca de informações e de vivência de pais de filhos
adotivos e a pretendentes à adoção; discutir questões relativas à adoção, como
a adoção tardia, a escolha da cor, do sexo, da idade a ser adotada; problemas
de relacionamento com a escola, com a família; sensibilizar as instituições
públicas e a sociedade civil sobre o abandono; o bullying e a adoção, promovendo debates por meio de seminários;
contribuir para a realização de ações que garantam a toda a criança e a todo o
adolescente o direito de viver em família; estimular e divulgar a cultura da
adoção, realizando uma Semana da Adoção; promover cursos de capacitação para
pretendentes à adoção; promover orientação específica especializada a pais e
filhos adotivos; apresentar anualmente, com ampla divulgação, relatório
contendo os seguintes dados, que serão confrontados com os demais Municípios do
Estado do Rio Grande do Sul: o número de adoções; o número de pretendentes a
adoções residentes no Município; número de crianças e adolescentes abrigados
aptos à adoção e oriundos do Município de Porto Alegre; o número de
instituições, de abrigos públicos, privados e conveniados com sede no Município;
relação de programas institucionais ou não destinados a acolher, apoiar e
capacitar filhos adotivos pretendentes à adoção, com denominação da instituição
responsável e o respectivo período de sua realização.
Senhoras e senhores, esse Programa é o
preenchimento de uma lacuna, e que vem por pedido dos próprios interessados, de
pais e de filhos adotivos, que se ressentem de um apoio maior do Poder público.
Isso não impõe, não obriga o Município a nada,
porque cria um Programa, institui algumas regras e algumas normas, em que os
interessados poderão ser acolhidos.
E tem, aqui, a manifestação do Ver. Marcantônio,
que apenas se refere ao art. 4º, que diz que a coordenação do Programa Acolher
dar-se-á por meio de um colegiado.
Segundo o Parecer, interferiria no âmbito do
Executivo – não é problema, se o Prefeito Municipal achar que deva vetar, eu
acolherei o veto. Mas nós não podemos perder a ideia, porque a ideia procura
preencher uma lacuna institucional de apoio a uma atividade humanitária muito
importante.
Eu confesso que fiquei muito surpreso com o grau
de dificuldade enfrentada pelos pretendentes a pais adotivos. É impressionante,
Verª Maria Celeste!
E nós temos que fazer alguma coisa para podermos
ajudar essas famílias que pretendem adotar filhos, porque muitas crianças estão
nos abrigos. E é bom que lembrem que aqui esteve a representante do Amigos de
Lucas, denunciando este fato: a falta de apoio institucional para o atendimento
dessa importante questão social.
O Sr. Aldacir
José Oliboni: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre
colega, ouvia atentamente a manifestação de V. Exª, e queria me solidarizar à
sua ideia.
Nós sempre falamos em ampliar a adoção, porque
existem centenas de crianças esperando nos abrigos, enfim, são muitas as
instituições que inclusive trabalham em cima desse tema. E percebemos que a sua
iniciativa não pode ser perdida neste momento, porque há dois Pareceres que são
contrários. Estava conversando aqui com alguns colegas e queria lhe propor que
adiássemos até segunda-feira, para que venha uma posição do Governo em relação
a isso. Até porque, todos os Governos, inclusive recentes, fizeram campanha em
cima disso, da ideia da adoção. Por que não melhorar, ou alguma emenda que
possa contemplar, então, o que o próprio Governo diz, com a ideia de não perder
essa oportunidade? Quero, então, me solidarizar, e apoiar a sua ideia, e dizer
que é importante que os dois Vereadores que se posicionaram contrariamente, que
possam nos ajudar a construir uma alternativa, que pode ser para segunda-feira.
O SR. CARLOS
TODESCHINI:
Oliboni, seria muito simples fazer uma emenda, suprimindo o art. 4º, e poderia
ser votada sem problemas.
O Sr. Idenir
Cecchim: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Todeschini, em relação a todo o
esforço para facilitar a adoção de crianças, o senhor pode ter certeza, nós, às
vezes, divergimos aqui, mas nisso estamos juntos. Sem consultar ninguém, sem
consultar a Bancada, conte com o meu apoio.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Obrigado,
Vereador. Assim eu encerro a minha manifestação.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini continua a sua
manifestação de discussão do PLL nº 135/10, a partir deste momento, por
cedência do Ver. Luciano Marcantônio.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Vereador, muito obrigado.
A Srª Maria
Celeste: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Acho extremamente importante a
sua iniciativa em estabelecer todo um regulamento, um regramento, uma proposta
inovadora a partir da Lei de Adoção, que também é nova no nosso País. Agora, em
2011, o Congresso Nacional aprovou a nova lei da adoção, trazendo alguns itens
importantes, especialmente o tempo da abrigagem de uma criança, de um
adolescente, o tempo máximo que essa criança pode ficar abrigada e, portanto,
estar à disposição das famílias para o processo de adoção logo a seguir. Então,
acho significativo, importante, mas eu queria salientar também, Ver. Carlos
Todeschini, a importância desse tema que o senhor traz, e a necessidade, se
possível, de podermos avaliá-lo e votá-lo na segunda-feira. Porque com este
Projeto temos que ter um cuidado maior do que simplesmente apresentá-lo e
ofertá-lo para toda a população. Nós precisamos trazer para o sistema de adoção
famílias especialmente cuidadoras, que vão não só adotar uma criança, mas,
sobretudo, amá-la como seu filho. E isso tem sido extremamente difícil no processo
de adoção. Nós temos percebido cada vez mais que as crianças têm ficado muitos
anos nos abrigos, porque a preferência para adoção tem sido pelas crianças
pequenas, muito pequenas, bebês, normalmente meninas, normalmente brancas, e as
outras vão ficando fora de todo o processo, também gerando uma exclusão social.
Então, acho que este Programa Acolher vem trazer uma reflexão maior. Que
crianças são essas que estão nos abrigos, nas nossas instituições para serem
adotadas? Que famílias são essas que se dispõem não só a adotar um pequeno
bebê, mas também os jovens adolescentes que estão nos abrigos e que ficam
institucionalizados por muitos anos?
Parabéns pela sua iniciativa, eu gostaria de
poder aprofundar mais o debate sobre o seu Projeto. Obrigada.
O SR. CARLOS
TODESCHINI:
Obrigado, Verª Maria Celeste.
O Sr. Luciano
Marcantônio:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Carlos Todeschini,
primeiro, gostaria de parabenizá-lo pela autoria deste Projeto. Um Projeto que,
conceitualmente, realmente é muito importante para a nossa Cidade. O meu
Parecer, como Relator da CEDECONDH foi contrário, porque essa questão da adoção
merece sempre muito cuidado, muita cautela, muito critério, e no Projeto
constam algumas colocações que, de certa forma, infringem a autonomia do
Executivo. Mas é um Projeto excelente, e eu acredito que, se nós adiarmos a
discussão, nós teremos como construir, depois de uma análise mais detalhada dos
Vereadores de todas as Bancadas, a aprovação dele aqui no Plenário. Então, eu quero
sugerir ao senhor que peça o adiamento da discussão, porque, conversando com os
Vereadores, tanto da base aliada quanto da oposição, há um consenso de que o
Projeto é interessante, é importante para Porto Alegre, mas que essa questão da
adoção deve ser estudada com mais profundidade e também porque essa questão
envolve prerrogativas que ferem a autonomia do Executivo. Então, parabéns pela
iniciativa, mas peço, com carinho, que o senhor acolha essa minha sugestão de
adiamento da discussão.
O SR. CARLOS
TODESCHINI:
Obrigado, Ver. Luciano Marcantônio.
O Sr. Reginaldo
Pujol:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, eu tenho umas
considerações que vou inquirir à Mesa, porque, se vai ser adiada a votação, na
hipótese de ser, eu deixo para fazer no momento oportuno. Hoje eu teria algumas
dúvidas que eu buscaria esclarecer junto à Mesa, eu não queria lhe tomar o
tempo.
O SR. LUCIANO
MARCANTÔNIO: A minha sugestão é que seja adiada a discussão para poder
ainda serem realizadas as emendas necessárias.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Perfeito.
Então, eu vou solicitar, Srª Presidente, o adiamento por uma Sessão, para que
possamos votar na segunda-feira, visto que as preocupações estão contidas no
Programa, porque ele tem como fulcro orientar, informar, oferecer espaço para
reflexão, discutir questões relativas, sensibilizar as instituições. É um
conjunto de movimentos que tem como foco discutir, debater e orientar as
famílias que desejam a adoção, para que as crianças não permaneçam... Portanto,
que possamos fazer alguma coisa para melhorar o atendimento do desejo das
famílias que querem adotar e, de outro lado, as crianças que estão nos abrigos
sem perspectiva. Peço o adiamento por uma Sessão, para que votemos na
segunda-feira, para que haja tempo para os interessados na matéria sugerirem emendas,
e que assim possamos aperfeiçoar, e, posteriormente, aprovar o Projeto. Muito
obrigado pela atenção.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. REGINALDO
PUJOL (Questão de Ordem): Srª Presidente, já que é passivo que vai haver
o adiamento, que se possibilitasse também um esclarecimento, porque constam
dois Pareceres da Comissão de Finanças, nos avulsos. E me parece que um deles é
prejudicado. O do Ver. Nedel é contra a proposta, e o do Ver. Ferronato é a
favor da proposta. O do Ver. Ferronato é deste ano, e o do Ver. Nedel é do ano
passado. Eu gostaria que fosse bem esclarecido qual predomina ou não, apesar
de, nos avulsos, constar só o do Ver. Ferronato. Se vai ser adiado, a gente
pode esclarecer bem isso.
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Muito bem. Já tenho aqui o esclarecimento. Toda vez que um
projeto não é votado no ano da tramitação, no ano seguinte ele volta para as
Comissões para Parecer, porque as Comissões se alteram. (Pausa.) Para a CEFOR
especialmente, porque o Orçamento muda todo ano. Muito obrigada, Luiz Afonso.
Então, para a CEFOR volta anualmente, art.107, § 2º, do nosso Regimento.
Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Carlos Todeschini, que solicita seja adiada a discussão do PLL nº 135/10 por
uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Toni Proença solicita a retirada da
priorização do PLL nº 200/09, de sua autoria, para apresentação de Emenda.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2761/11 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 120/11, de autoria do Ver. Mauro Zacher, que declara de utilidade pública a
Fundação Israelita Brasileira de Arte e Cultura Kadima – Fundação Kadima.
Pareceres:
- da CCJ.
Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto.
- da CECE.
Relatora Verª Fernanda Melchionna: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 23-11-11.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 120/11. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação o PLL nº 120/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h15min)): Encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª
SESSÃO
PROC.
Nº 3319/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 164/11, de autoria do
Ver. Luiz Braz, que inclui
art. 5º-A na Lei nº 10.260, de 28 de setembro de 2007, alterada pela Lei nº
10.823, de 21 de janeiro de 2010, proibindo a exploração de estacionamento temporário
remunerado em vias de grande circulação de veículos localizadas fora do
perímetro central do Município de Porto Alegre.
PROC.
Nº 3433/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 203/11, de autoria dos
Vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, que altera a denominação da Avenida Presidente Castelo
Branco para Avenida da Legalidade.
PROC.
Nº 3753/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 047/11, que autoriza o Município de Porto Alegre
a aderir ao Fundo Mundial de Desenvolvimento de Cidades (FMDC).
PROC.
Nº 3755/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 049/11, que institui o Bônus-Moradia para a
execução de programas sociais de reassentamento no Município de Porto Alegre.
PROC.
Nº 3792/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 051/11, que cria a Gratificação Previdenciária
(GPREV), no âmbito do Departamento Municipal de Previdência dos Servidores
Públicos do Município de Porto Alegre (PREVIMPA), e dá outras providências.
PROC.
Nº 3578/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 187/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Antônio Carlos Pereira de Souza o logradouro público cadastrado
conhecido como Rua Dois Mil, Novecentos e Noventa e Quatro, localizado no
Bairro Mário Quintana.
PROC.
Nº 3698/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 046/11, que autoriza o Executivo Municipal a doar
imóvel que especifica ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), da Caixa
Econômica Federal (CEF), determina que o Departamento Municipal de Habitação
(DEMHAB) promova chamamento público para escolha e indicação de construtora para
contratação e execução das obras junto à CEF, na sistemática do Programa Minha
Casa, Minha Vida, e dá outras providências no âmbito da regularização
fundiária.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 3226/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 155/11, de autoria do
Ver. DJ Cassiá, que altera e
renomeia o parágrafo único do art. 1º e inclui inc. V nesse parágrafo e § 2º
nesse artigo da Lei nº 9.989, de 5 de junho de 2006 – que assegura aos
estudantes matriculados em estabelecimentos de ensino regular, públicos ou
privados, o pagamento de meia-entrada para o ingresso em atividades culturais e
esportivas –, dispondo sobre concessão de desconto para espetáculos teatrais,
musicais e de dança cujo valor do ingresso seja igual ou superior a R$ 100,00
(cem reais).
PROC.
Nº 3720/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 197/11, de autoria da
Verª Sofia Cavedon, que
altera o parágrafo único do art. 31 da Lei nº 6.151, de 13 de julho de 1988 –
que estabelece o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, dispõe
sobre o respectivo Plano de Pagamento e dá outras providências –, e alterações
posteriores, dispondo acerca do regime de horas semanais de professor ou
especialista em educação cedido à Câmara Municipal de Porto Alegre mediante
convênio firmado entre os Poderes do Município.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito ao Ver. DJ Cassiá que assuma a
presidência dos trabalhos.
(O Ver. DJ Cassiá assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Já
que vai sair da Pauta neste dia, quero chamar a atenção de Vossas Excelências
de que nós votaremos na Reunião Conjunta das Comissões, na segunda-feira. É um
Projeto simples, mas importante, acredito, para a nossa Casa, porque regulariza
a possibilidade de cedências de professores para este Legislativo. A nossa Casa
tem um convênio com a Prefeitura, pelo qual nós construímos a possibilidade de
até três cedências de funcionários públicos para atuar junto aos Vereadores,
cedências que são estratégicas, porque os nossos gabinetes têm apenas um Cargo
em Comissão de nível superior; é importante que a população saiba. Então, é
muito difícil para o Vereador ter uma assessoria de nível superior em CC, Ver.
Dib, que possa lhe dar uma assessoria qualificada, ou técnica, porque
qualificadas as outras também são, mas técnica, no sentido de poder contratar
um engenheiro, um arquiteto, um professor, um advogado, porque há tantos temas
extremamente complexos que exigem que aprofundemos a nossa análise. Então, esse
convênio com a Prefeitura, para mim, é muito importante. Eu sempre digo que
esse é um custo de qualificação da democracia, e o Ver. Sebastião Melo sabe
muito bem da importância desse tema das cedências, o Ver. Tessaro também. Nós
vimos fazendo esforços para garantir, a partir, obviamente, da conveniência do
Executivo, porque o Executivo não é obrigado a ceder em nenhuma área; se ele
tem absoluta necessidade daquele profissional, ele não cede, a prerrogativa é
do Executivo. Mas, no caso dos professores, eles têm um Plano de Carreira muito
importante, que prevê cedência apenas para instituições educacionais.
Eu tentei construir um entendimento de que a
nossa Casa também era uma instituição educacional em vários setores. Nós temos
aqui a Comissão de Educação, nós temos a Escola do Legislativo, nós temos
frentes parlamentares ligadas à Educação, mas há um entendimento mais restrito
historicamente, aqui na Casa, sobre esse tema, mesmo do Executivo. Então, nós
propusemos uma Emenda ao Plano de Carreira dos professores. Estamos
acrescentando uma frase simples, precisa e concisa, como diria o Ver. João Dib,
onde há a disposição, no Plano de Carreira dos professores, de quais os
professores especialistas que podem ser cedidos. Nós estamos acrescentando a possibilidade
de serem cedidos para instituições educacionais por força de acordos
administrativos com a seguinte frase: “Ou que esteja cedido à Câmara Municipal
de Porto Alegre, mediante convênio firmado entre os Poderes do Município”. Nós
estamos propondo essa mudança exatamente para os poucos professores que aqui
estão ou que possam vir a estar, que nos ajudam em tantos temas que decidimos
aqui no Plenário, que avaliamos na Comissão de Educação, eles tenham a sua
cedência regularizada, regular, para não ter prejuízo na carreira. Essa
iniciativa eu gostaria de compartilhar com Vossas Excelências. São vários
Vereadores aqui que já tiveram contribuições decisivas de professores e alguns
setores da Casa também têm, e não seria adequado a Casa criar o cargo de Professor,
porque não criaríamos esse cargo, não é Celeste, num Legislativo, mas eles são
fundamentais para apoiar o nosso trabalho. Então, eu confio que V. Exas. nos
ajudem, inclusive o Ver. Dib, a solucionar qualquer dificuldade junto ao
Executivo Municipal. Vai ser bom para a Casa, bom para a cidadania, bom para a
Educação que nós tenhamos opiniões de profissionais na nossa atuação. Tenho
certeza de que estaremos muito mais próximos do que pensam os profissionais das
Redes de Ensino. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Devolvo a presidência dos trabalhos à nossa
Presidente, Sofia Cavedon.
(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Presidente
Sofia, demais Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste pelo Canal 16,
público nas galerias, infelizmente, sou obrigado a falar, Ver. Sebastião Melo,
do Instituto Ronaldinho Gaúcho e do nosso pedido de CPI, até porque acho um
desrespeito com esta Casa o que tem sido feito. Primeiro, o Instituto Nacional
América – saiu em notícias em jornais de grande circulação desta Cidade – diz
que não tem que prestar contas para Vereadores, porque ele trabalhou foi para o
Instituto Ronaldinho Gaúcho e não para a Prefeitura, como se não fossem verbas
públicas. Então, acho um desrespeito, Ver. João Antonio Dib, o que esse
Instituto Nacional América está fazendo com esta Casa, com todos nós, Vereadores,
com o Legislativo, dizendo que não tem que prestar contas para nós e que não
vai prestar contas.
Segundo, o Instituto Ronaldinho Gaúcho pediu
cinco dias para apresentar a documentação e ficou de entregar, então, até
segunda. Ontem, nós estivemos na Comissão de Educação, não havia sido entregue;
agora, hoje, eles trouxeram aqui a documentação. Comecei a analisá-la; recebi
há 10 minutos, e ainda não consegui fazer uma boa análise, Ver. João Antonio
Dib, mas já consegui achar algumas coisas interessantes. O Instituto diz aqui
que a Prefeitura Municipal falou que estava em dívida ativa, e ele diz que tem
a cópia de uma certidão onde consta que ele não está em dívida ativa, Ver.
Cecchim – mas vou analisar melhor –, e que ele só ficou sabendo que havia algumas
irregularidades depois que este Vereador foi à tribuna para cobrar, ao
contrário do que foi dito lá nas Comissões, pelos Secretários. Então, eu vou
ler melhor, com mais calma e amanhã estarei preparado para falar sobre isso.
Ver. João Antonio Dib, eu estava com uma certa
dificuldade de entender por que o Governo estava com tanta pressa para
responder, puxar para a Comissão de Educação, e o meu amigo, Ver. Cecchim,
defendia, “com unhas e dentes”, esse Instituto Ronaldinho Gaúcho e esses
convênios, querendo abafar a CPI. Eu não conseguia entender, mas, ontem, eu
comecei a entender, Ver. Pedro Ruas, por que tanta defesa do Instituto
Ronaldinho Gaúcho e da ligação com o Instituto Nacional América. Sabe por que,
Ver. Pedro Ruas? Porque eu comecei a pesquisar. Esse Google é maravilhoso, a
Internet é sensacional! A gente começa a botar algumas palavras, e ela vai
despejando as informações. Sabe o que eu descobri, Ver. Cecchim? Que o grande
representante do Instituto Nacional América, o Italgani Mendes, que é o homem
INA, foi também Diretor da Fundergs. Ele saiu da Fundergs, primeiro, porque,
parece, houve alguns probleminhas lá; segundo, saiu para coordenar a campanha
de Deputado Federal do Záchia, Secretário de Meio Ambiente. Por isso ele saiu
da Fundergs. Diretor do INA! Mais ainda, Ver. Cecchim, sabe quem é esse
Italgani Mendes? Ele participou também da Chapa do PMDB, ele é filiado ao PMDB,
e a chapa tem o título: Renovar Faz Bem, do Diretório Estadual do PMDB no Rio
Grande do Sul, chapa 2. Fernandinha, sabe quem é o primeiro da lista dessa
chapa? Pedro Jorge Simon. Então, o seu Italgani Mendes Almeida estava muito
preocupado! Ver. Tessaro, sabe quem é ele? Está na chapa do Diretório Estadual
do PMDB, junto com o Simon, coordenou a campanha do nosso Secretário do Meio
Ambiente. Então, ele tem uma ligação muito forte com o PMDB. Deve ser duro, não
é, Cecchim, ter que defender o Partido! Mas faz parte, Ver. Cecchim. Hoje, o
Melo, que é o Presidente do Partido, está aqui e vai defender também.
Pois bem, por isso, depois disseram ainda, Ver.
Melo, que era coisa do Ministério da Justiça, que era coisa do Tarso escolher o
Instituto Ronaldinho! Por isso é que o INA foi para lá, porque era do... Não,
as fotos que estão lá são do Fogaça, do companheiro Fogaça, do Italgani, do Záchia,
do Simon, Ver. Melo. Está aqui, o senhor não precisa nem procurar; é a chapa
Renovar Faz Bem, do Diretório Estadual do PMDB do Rio Grande do Sul. (Mostra
documento.) Em primeiro lugar, Pedro Simon; mais adiante, Odacir Klein; Cezar
Augusto Schirmer, Marco Aurélio Soares Alba, Gilberto Capoani. É uma chapa de
peso do PMDB. Está aqui, qual é número aqui? Vamos achar aqui? O número 57 na
Chapa é o companheiro Italgani Mendes Almeida, liderança de Tapes. Esse é o
Diretor do Instituto Nacional América – INA.
Agora eu entendi, Ver. DJ, por que tanta vontade
de defender o Instituto Nacional América: porque é da companheirada do PMDB;
ele é o diretor, é filiado, participou da chapa, Ver. Pedro Ruas. Agora, eu
entendi, Vereadores. Por isso é que há tanta foto do Fogaça junto com o
Ronaldinho, com o INA. O companheiro Italgani é um grande batalhador do PMDB.
Em tudo que é convênio do INA aparece a foto dele junto. São vários convênios.
Ele administra muito recurso; são muitas ONGs, e tem ONG do Programa Segundo Tempo.
Ele está por tudo, ele era o cara aqui no Rio Grande do Sul, ele é um
companheiraço!
Então, agora está explicado, Vereador. Mas o
Ver. Cecchim é um homem de fé do Partido, tem que ser reconhecido. Ele abraçou
a causa e veio defender o Partido. Agora entendi por que o meu amigo Ver.
Haroldo de Souza, na emoção, disse que ia assinar. “Eu assino em cinco dias” –
tomou posição lá na Comissão. Agora, ele já está dizendo que não é bem assim,
porque eles vão prestar contas. Claro, é do “Partidão”, lá do PMDB, é o
companheiro da chapa do Simon. É isso, Melo! Agora, eu entendi e vou esperar as
explicações. Hoje, está aí o Presidente do PMDB, que poderá nos explicar. Saiu,
hoje, no Instituto Ronaldinho, que um Secretário disse ao Macedo que, na época
do Prefeito Fogaça, ele não deveria assinar com o Ronaldinho, porque não era
bom, porque havia outras entidades que precisavam mais; que o Ronaldinho
fizesse como o Dunga: fosse pedir para os empresários. Foi avisado, mas o
Prefeito Fogaça deve ter sido convencido pelos companheiros do Partido, pelo
Italgani, para fazer o convênio com o Instituto Ronaldinho, contratar o INA, e
o Italgani tocar os projetos e resolver os problemas. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras; Srs. Vereadores, eu preciso
registrar a minha tristeza. O Vereador do porte do nobre Ver. Mauro Pinheiro,
com um raciocínio tortuoso, muito perfeito para o Presidente Lula, muito bom
para o Zé Dirceu, mas, pelo amor de Deus, é um homem público, é preparado. A
Prefeitura não tem contrato com o INA. E, também, o Ministério da Justiça, do
Governador Tarso Genro, fez um contrato com o Instituto Ronaldinho. Agora, eu
não sei se o INA está no contrato do Ministério da Justiça ou se está no
contrato da Prefeitura. Então, de repente, ele envolve pessoas que não podem
ser agredidas, e são agredidas. Ora, tem um limite para tudo! Eu acho que o
raciocínio do Vereador não é correto. Eu fiquei contente quando ele disse que
não teve oportunidade de analisar a documentação que lhe foi entregue. Eu devo
dizer que o Governo, em momento nenhum, insinuou que a Comissão de Educação
devesse analisar o problema. Foi uma iniciativa do Vereador, Presidente da
Comissão de Educação, Ver. Professor Garcia, que sugeriu, e compareceram 23
Vereadores! Mais do que tem no plenário agora. Estavam lá, assistindo ao debate
todo. Agora, o Ver. Mauro Pinheiro diz, claramente: “Não tive oportunidade de
examinar”. Mas ele sabe que a diferença de R$ 800 mil, R$ 500 mil do Ministério
da Justiça e R$ 300 mil da Prefeitura, foram levantados pela Prefeitura, e que
se não forem justificados, entrarão em cobrança da dívida ativa não tributária.
E eu volto a dizer: o Ronaldinho terá para pagar, vai custar para ele. A
Prefeitura analisou os documentos que lhe foram entregues, coisa que o Ver.
Mauro Pinheiro não fez ainda, mas vai fazer, eu sei, porque ele é competente,
ele sabe o que faz. Mas, hoje, ele não estava muito inspirado, faltou
inspiração, e ele foi ali agredir pessoas que não devem ser tocadas. Foi levar
a questão para o lado do Partido.
O Presidente Lula, todo-poderoso, não sabia o
que estava acontecendo no País. Nós estamos vendo aqui os frutos do que estava
acontecendo no País; Ministérios que foram por ele indicados, e que estão
caindo um atrás do outro.
Então, realmente, é extremamente difícil sentar
aqui e ouvir um Vereador da competência do Ver. Mauro Pinheiro, dizer o que
disse ali naquela tribuna. Mas eu sei que ele vai examinar com aquela
competência que o caracteriza, como integrante da Comissão de Finanças desta
Casa, e vai chegar à conclusão de que a Prefeitura, através da Procuradoria,
através das suas Secretarias, fez um levantamento do convênio, que competia ao
Ministério da Justiça, que escolheu o Instituto Ronaldinho; elegeu. A expressão
usada: foi eleito o Instituto Ronaldinho. Assim disse o Ministério da Justiça,
comandado, capitaneado pelo Ministro Tarso Genro: “O Instituto Ronaldinho foi
eleito para esse contrato”. E a Prefeitura está atrás de R$ 500 mil desse
contrato. Eu não estou acusando o Governador Tarso Genro, ex-ministro Tarso
Genro, nem ninguém do PT. Eu acho que vamos aguardar os acontecimentos, e vamos
então falar com serenidade, com seriedade e com responsabilidade. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. SEBASTIÃO
MELO: Presidenta,
querida amiga Sofia – como dizia o falecido Ver. Ervino Besson, Sofia
“Cavedão”; prezados Vereadores, prezadas Vereadoras; Ver. Mauro, eu acho, em
primeiro lugar, que, se o Instituto está dizendo que não quer responder aos Vereadores,
é um baita equívoco, e vai responder por isso, porque esta Casa tem toda a
legitimidade para fiscalizar. Segundo, esta Casa, independentemente de Bancada,
não compactua com falcatruas. Agora, V. Exª, com todo o respeito, não tem
autoridade para falar de CPI. O seu Partido tem aversão à CPI como o diabo tem
da cruz! V. Exª, se fosse para falar em filiados que têm irregularidade, seu Partido
não poderia ter o Delúbio, não poderia ter outros – e eu posso citar uns 10 ou
20. Então, quero esclarecer que o nome de Pedro Simon – digno, honrado, do
Brasil e do Rio Grande – compõe qualquer chapa que se disputa, porque ele é
membro nato. E, como membro nato – Vossa Excelência, se não sabe –, se houver
três ou quatro chapas, é obrigatório tê-lo. E, nessa convenção, a Chapa 2 é
liderada pelo Sr. Marco Alba, cuja obrigatoriedade é a de colocar o nome do
Pedro Simon também. Eu estive do outro lado da Chapa, mas não tenho nada contra
o Marco, pelo contrário, ele é um companheiro. Agora, vamos repor as coisas.
Eu desafio V. Exª, Mauro Pinheiro, a dizer, com
essa mesma bravura, quem mandou fazer esse convênio? Foi o Prefeito Fogaça?!
Foi o Fortunati?! Foi o Busatto?! Foi a Cleci?! Ou foi Tarso Genro?! Desafio
Vossa Excelência! Porque, até onde sei, quem determinou fazer o convênio, Ver.
Pujol, foi o Ministério da Justiça e, por decisão, por questões jurídicas,
evidentemente, o dinheiro passou pelo processo e chegou às mãos do Assis – e
não morro de amor por esse rapaz. Aliás, eu quero dizer a V. Exª que, quando eu
era Presidente da Casa, havia um colega nosso que queria dar um título para o
Seu Assis. Ele foi à Presidência, e eu disse a ele: “Não faça isso, esse rapaz
não merece”. Porque, se é para receber título de Cidadão de Porto Alegre, tem
que ter feito coisas dignas por esta Cidade. Agora, o que eu não posso aceitar...
Se V. Exª quisesse investigar o projeto Ronaldinho, eu acho que iria encontrar
guarida, mas V. Exª está muito mais preocupado em fazer lambança na eleição do
que em investigar o Ronaldinho. É isso que V. Exª não vai lograr!
Sinceramente, Ver. Pujol, as CPIs, apesar de
serem o instrumento mais poderoso que os parlamentos têm, infelizmente, no
Brasil, todas elas decaíram, Ver. Pedro Ruas. E também não sou hipócrita, pois
nenhum Governo quer CPI! Ou o Lula quer CPI, Verª Sofia? Ou a Dilma quer CPI?
Ou o Tarso quer CPI? Ou o Fortunati quer CPI? Nenhum Governo quer CPI! Não
vamos tapar o sol com peneira grossa! Agora, eu estou vendo o esforço do
Presidente Garcia. E até diz mais: se vem à Comissão, se tinha 23 Vereadores,
se marcou uma data para uma nova reunião e prontificou-se a trazer os
documentos, será que não tem um princípio de razoabilidade a guardar de que se
tenha, Ver. Toni, uma nova conversa para que essas coisas sejam esclarecidas?
Chegou ao ponto do seguinte: não querem fornecer
os documentos. Aliás, eu quero dizer a V. Exª que, quando Vereador de primeiro
mandato, abriu-se uma CPI do DEMHAB – ela está comigo aqui – que depois o Eros
Grau trancou na Justiça, patrocinado pelo seu padrinho político, o Tarso Genro,
que depois virou Ministro do Supremo. Ele me mandou os papéis, Ver. Pujol –
chegou numa Kombi, têm fotografias nos jornais –, me mandou os processos
falhando da página 110, passava para a 160, passava para a 180. Eu tive que ir
à Justiça buscar! Esse é o PT, que só tem gente séria! Só tem gente séria!
Tchê, vamos separar o joio do trigo, Ver. Mauro!
Há problemas em todos os Partidos, inclusive no meu, mas não vamos enlamear
pessoas, não vamos fazer isso, não é digno, não é honrado fazer isso! Eu quero
dizer que a grande maioria dos Partidos é composta de gente honesta, digna e
honrada, mas, que tem safado, tem! E no meu Partido tem gente boa – a grande
maioria – e tem safado também! Agora, não vamos fazer isso, trazer o nome de
Pedro Simon!
Em segundo lugar, V. Exª chega aqui e diz que é
o Secretário Záchia. Sinceramente, eu não tenho elementos para responder, mas
vou responder, porque acho que V. Exª fez uma acusação gravíssima a um agente
do Governo que foi Vereador desta Casa, que foi Presidente desta Casa, que foi
Deputado do Rio Grande do Sul, e o senhor joga que esse cidadão... O que o
senhor está querendo dizer? “Ah, tem negociata, foi coordenador da campanha”.
Não faça isso, Mauro! Pior do que uma acusação é a insinuação. V. Exª não vai
insinuar, não! Há imunidade parlamentar? Sim. Mas, por favor, tão grave neste
País quanto a impunidade é o denuncismo, porque hoje é muito fácil jogar as
penas do travesseiro para cima, e depois ficar por isso mesmo! Muito obrigado, Srª
Presidente.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO
RUAS:
Srª Presidente, Vereadoras, Vereadores, público que nos assiste, como se fosse
uma trova, eu saio do final do que dizia o Ver. Sebastião Melo, a quem ouvia
com muita atenção, porque sempre fala muito bem. E falava o Vereador: “Tão
grave quanto a impunidade...”, enfim.
Na verdade, o que não se consegue no País, em
qualquer esfera, é investigar. Eu fiquei com trauma desta Legislatura em
relação à questão da Saúde. Eu nunca entendi, nunca pude aceitar que nós
tivéssemos comprovadamente uma fraude que, do ponto de vista do Ministério
Público Federal, era de R$ 10,2 milhões; do ponto de vista da Prefeitura, era de
R$ 5 milhões e alguma coisa; do ponto de vista da imprensa, tinha também a
questão da empresa Reação, e nós não pudemos investigar. O dinheiro se foi. Do
Programa Saúde da Família, nunca foi recuperado nenhum centavo – nenhum, zero!
As crianças, os idosos, os pobres, que precisavam tanto daquele dinheiro, o perderam!
Os dirigentes do Instituto Sollus ganharam, foram embora, fugiram, sumiram –
devem estar em Miami, em Nova Iorque, gastando. Os proprietários da empresa
Reação, esses não fugiram, mas não é porque não quiseram fugir, Ver. Fernanda
Melchionna, é porque foram presos pelo Ministério Público Federal – seis
dirigentes da empresa Reação –, mas não pela acusação de furto; furto, em órgão
público... Eles foram acusados de homicídio do Secretário Eliseu Santos, eles
vão a tribunal do júri em maio de 2012 – aí, não fugiram, mas foi por isso, por
essa acusação! Não pelo furto.
É verdade, os governos não querem CPIs: o
Governo Federal não quer, o Estadual não quer, o Municipal não quer, porque
devem, Ver. Fernanda Melchionna, porque temem! Porque quem não teme deixa
investigar; qual é o problema disso? Lembro que, em 2009 – ano ímpar –, nós
tentávamos a CPI da Saúde, e aí o argumento era de que havia a questão
eleitoral. Em 2010 – a Verª Celeste acompanhou –, até na TVCOM estávamos, num
debate sobre a CPI da Saúde, e diziam que era questão eleitoral. Em 2011,
“questão eleitoral”; em 2012... Não tem ano para CPI! Então, das duas uma: ou
suspendemos as eleições para sempre, ou tiramos as CPIs para sempre, porque não
pode, Ver. Oliboni: todo ano é eleitoral, todo ano é político, e a Casa, a
Câmara de Vereadores, quando tem uma posição dessa natureza, diz que isso é política.
É evidente que é política, no melhor sentido da expressão. Nós somos
responsáveis pela gestão da Cidade, dos seus recursos. Como se dizia
antigamente, Ver. Dib, “dos seus dinheiros”, do Erário, como V. Exª sempre bem
diz, e é redundância dizer “erário público”.
Então, nós somos responsáveis, mas em que nível
e até que ponto? Não somos tão responsáveis assim: nós não podemos investigar,
é proibido, porque “é política”; é sempre política, é sempre projeto eleitoral,
é sempre querer aparecer. E aí os dirigentes da Sollus, com aqueles R$ 10
milhões, eles não querem aparecer. Aliás, eles estão sumidos; eles odeiam tanto
aparecer, que estão sumidos! Eles não estão querendo fazer votos, isso é
verdade, eles estão bem contentes, e eles realmente ficaram mais felizes ainda,
porque não são investigados. A empresa Reação também não é investigada. E não se
iluda, Ver. Mauro Pinheiro, o Instituto Ronaldinho Gaúcho não será investigado!
Não será! Pode V. Exª morrer na tribuna, pode enfartar berrando aqui, não será
investigado! Eu lhe garanto que não será investigado!
Eu quero requerer à presidência que o Italgani
Mendes seja ouvido aqui. Por quê? Porque ele recebeu verba pública; ele recebeu
dinheiro da Prefeitura e dinheiro federal que o Instituto Ronaldinho Gaúcho
repassou. Isso é comprovado, é pacífico, é incontroverso! Portanto, ele tem que
ser ouvido aqui, sim, porque ele recebeu pelo INA. Trata-se de verba pública.
E, para chamá-lo aqui para essas explicações, não precisa de CPI, que, aliás,
não haverá.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Pedro Ruas, informo a V. Exª que o INA,
Instituto Nacional América, está previsto para comparecer no dia 6. Eu não sei
se virá esse senhor, mas ele está convocado pela Comissão de Educação.
O SR. PEDRO
RUAS: Eu
agradeço o esclarecimento de Vossa Excelência, importantíssimo, mas reitero o
que eu disse na tribuna: que seja essa pessoa, representando o Instituto.
Obrigado.
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Está registrado o pedido. Vamos transmiti-lo ao Ver. Garcia,
porque, por enquanto, é a Comissão de Educação que está tratando do tema.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Srª
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu
me mantenho na Casa até o presente momento, porque estou inscrito em Pauta e
gostaria muito de discutir pelo menos dois projetos que estão em discussão
preliminar em 1ª Sessão. Um, trata de um assunto do Departamento Municipal de
Habitação, e o outro, Ver. Luiz Braz, trata dos estacionamentos temporários
pagos, que proliferam pela cidade de Porto Alegre. Mas, atento, esperando o
momento adequado, a minha surdez não é absoluta, este microfone falando em voz
altíssima acaba até por mim sendo ouvido. E, mais uma vez, a tarde fica
empolgada com a discussão em torno do Ronaldinho, num equívoco de colocação, porque
eu acho que nós não estamos aqui preocupados com o Ronaldinho, ex-jogador do
Grêmio e, atualmente, jogador do Flamengo, que fez o gol no Internacional no
último domingo. Nós estamos ocupados é com o Instituto Ronaldinho, com o qual
se desdobram algumas atividades, muitas das quais inquinadas e sob exame na
Comissão de Educação e Esportes, muito bem conduzida pelo Ver. Professor
Garcia.
Eu estaria hoje, Ver. Dib, numa situação muito
especial, eu podia dizer o seguinte, que toda a discussão, hoje à tarde, mostra
a fraqueza que tem essa aliança política que, infelizmente, domina o País,
entre o PT e o PMDB.
Eu poderia simplesmente ficar calado, Ver.
Bernardino, V. Exª que agora está no PSD, espero que o Kassab não o leve a
fazer parte deste Governo, que tem roubo em todos os lados, e que nessa
história de jogar para os Municípios para que contratem com as chamadas
organizações não governamentais, ele é especialista. Em todos os setores do
Governo, os problemas surgem nessa área, Ver. Dib, passam para os Municípios
contatar com ONGs. Foi assim no ProJovem, está sendo assim numa área de que o
seu Partido faz parte, Ver. Dib, porque o seu Partido também não é flor que se
cheire, está no Governo Federal envolvido nesse processo. Evidentemente, que eu
teria a maior tranquilidade do mundo em dizer o seguinte: pô, eu sou do
Democrata, que é o Partido que deu prova de idiotice, diante de uma acusação a
um Governador e a um Vice-Governador que era do seu Partido; não esperou nada,
expulsou os caras do Partido, Ver. Toni Proença! Mas, aqui no Brasil, expulsar
quem é acusado de corrupção, o que é isso? O Delúbio está sendo readmitido na
vida pública nacional, vai ser candidato no Estado do Goiás e, muito
provavelmente, receba a sua votação e, quem sabe, até se eleja. Mas eu quero
dizer que a minha posição de independência está me custando muito caro. Porque,
Ver. Ruas – não sou eu quem diz, quem diz é a imprensa –, só tem dois tipos de
CPI: a chapa-branca ou a palanque eleitoral. Quem diz é a imprensa, não sou eu!
Até já discuti com uma pessoa por quem tenho o maior carinho, que é o André, da
Rádio Gaúcha, que claramente repete, sistematicamente: CPI só pode ser chapa-branca
ou palanque eleitoral.
Eu me esforcei ao extremo para não ficar nem
numa nem noutra, e confesso, lisamente, que me frustro, porque não convenci nem
um lado, nem outro. Agora, eu não tiro de ninguém o direito de fazer oposição
na forma que puder ser feita. Mas quero dizer o seguinte: se há alguma coisa
que ninguém vai me acusar na vida pública é de covardia.
E, no meio de toda essa lambança, envolveu-se
uma pessoa com quem eu tenho uma relação pessoal muito profunda, ainda que
tenha com ela algumas divergências políticas, que é o atual Secretário
Municipal do Meio Ambiente, ex-Vereador desta Casa, ex-Presidente desta Casa,
ex-Deputado Estadual, ex-Presidente da Assembleia Legislativa, Luiz Fernando
Záchia, que se deixou numa ilação de que ele seria cúmplice desse cidadão, o Italgani
Mendes Almeida, que seria o coordenador da sua campanha.
Olha, eu duvido que os mais cônscios das
responsabilidades públicas neste País saibam quais são as pessoas que trabalham
nas suas campanhas, especialmente quando a gente tem alguma posição, alguma
perspectiva eleitoral. Quando a gente tem algum prestígio, as pessoas se aproximam!
Já dizia, se não me engano, aquele que foi
assassinado, ou se suicidou, que era o guru do Collor de Melo – o PC Farias –,
que, no Brasil, ninguém vende proteção, Vereador, eles compram, ao natural,
eles procuram isso.
Então, eu quero dizer, Presidente – e V. Exª
parece que me adverte que o tempo conclui-se, e, hoje, não temos controle
nenhum, ninguém foi controlado, mas eu vou ser, e vou me curvar ao seu
controle, respeitosamente, porque assim eu costumo agir –, que, com toda a
certeza, a nossa Casa está perdendo muito tempo em discutir essa lambança, com
data marcada, inclusive, na Comissão de Educação, Cultura, Esportes e
Juventude. Quantos foram chamados? Foi chamado inclusive esse tal de Italgani
Mendes Almeida, que eu não sei quem é. Pode ser até que eu o conheça, parece
que é uma liderança de Tapes, pelo menos foi o que me disse o Ver. Mauro.
Então, eu vou, mais uma vez, estar lá, como sempre estive. E eu não tenho
dúvidas, Vereadora, se um dia eu achar que o que está sendo feito é pouco, eu
vou trabalhar para que se faça mais. Mas vamos parar com essa história de
querer, todo mundo, marcar a posição do outro.
Acho que o Záchia não tem essa “culpa no
cartório” que estão querendo lhe imputar, e como eu não deixo amigo meu na
estrada, eu quero dizer o seguinte: que eu, na minha tribuna, coloco-me à
disposição para defendê-lo. O Partido dele, o PMDB, não tem essa bola toda, não!
O Ver. Idenir Cecchim é um duro oposicionista aqui, mas reconhece que, esse
Partido, está cheio de “bola murcha”.
Agora, na verdade, todo mundo confraterniza em
Brasília. Brasília é um paraíso, do qual o meu Partido está excluído, e isso me
assegura a independência para falar do jeito que estou falando. Era isso, Srª
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Quero deixar claro, Ver. Pujol, que não temos relógio, e
quando o Vereador vai à tribuna eu anoto a hora, e quando fecham os 5 minutos
eu toco a campainha; para todos!
O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. NELCIR
TESSARO: Srª
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
público que nos assiste, eu quero dizer, primeiramente, ao Ver. Reginaldo
Pujol, que nós somos um Partido que não tem vinculo com o Governo Federal, e também
somos independentes.
Eu venho a esta tribuna porque, quando surgiu o
nome do Italgani, eu pedi ao meu Gabinete que consultasse, “no professor
Google”, algumas informações sobre ele, e aí fiquei preocupado porque diz o
seguinte: é um cidadão com 43 anos de idade, com excelente trânsito em variados
setores, principalmente no meio esportivo. Informa também que Italgani Mendes
foi o responsável pela inserção do Guarany de Camaquã no futebol profissional.
Também diz aqui que ele atuou como coordenador do Programa Segundo Tempo, da
Fundergs. Mas aí eu fui olhando, a minha assessoria foi me trazendo cópias, e
nelas havia foto das aulas do turismo em Guaíba; aula inaugural de Tapejara;
aula inaugural de Guaíba; de São Lourenço do Sul. Esse cidadão foi o
coordenador do Programa Segundo Tempo. Há pouco tempo, nesta Casa, foram
jogadas palavras ao vento sobre os problemas do Segundo Tempo, e o coordenador
era o Italgani. Como disse o Ver. Pujol: não há nenhuma vinculação com o
Deputado Záchia. Isso foi dito aqui, mas eu acredito, pelo que vi, que foi uma
mera... Talvez, o Ver. Mauro Zacher tenha lido isso em algum lugar, mas, por
favor, o nosso sempre Vereador, Secretário e Deputado Luiz Fernando Záchia
merece todo o nosso respeito como cidadão, pois é um cidadão de bem desta
Cidade.
Mas eu fico preocupado, porque o Italgani andou
por todas essas cidades – Eldorado, inclusive Alvorada –, ou seja, esse cidadão
percorreu este Estado todo! E não se nega que ele é filiado ao PMDB. Aqui diz
que ele é liderança de Tapes, mas é um cidadão camaquense. Parece que está
prevista a vinda dele, na próxima terça-feira, na CECE, mas eu fico preocupado.
Eu acho que esta Comissão poderia ser presidida, nesse dia, [por outro
Vereador], para haver maior isenção, em razão da afinidade política do nosso Ver.
Professor Garcia, e para que ele possa esclarecer melhor. Eu fiquei interessado
em saber quem é esse camarada com tanto trânsito, como diz aqui, em todos os
meios esportivos do Estado. É um cidadão que transita demais, e quem transita
demais está sujeito a acidentes logo à frente. É natural! Não se pode transitar
muito por esta Cidade, por este País e por este Estado. E, como na época – eu
vejo aqui – o Ico Charopen era um dos diretores da Fundergs, eu acho que vamos
olhar isso com carinho. Eu já não estou mais falando do Instituto Ronaldinho,
estou falando do Segundo Tempo, que, até então, eu pensava ser um outro cidadão
que o comandasse aqui no Estado. Agora, fiquei preocupado. Tenho uma
preocupação maior, porque, agora, diz respeito ao PMDB, e isso é uma grande
preocupação. Eu acho que a gente não pode jogar palavras ao vento, porque elas
são como penas: elas vão, viram e caem no mesmo quintal da gente. Eu fico
preocupado com isso, Reginaldo Pujol, por isso eu sempre cuido quando falo.
Eu quase nunca venho à tribuna, em Liderança,
falar de nenhum Partido, porque todos os Partidos têm algum problema, mas eu
fiquei preocupado porque esse cidadão está em todas as cidades do Estado, Ver.
Haroldo. Foi o Italgani quem pegou uma pessoa que estava ao lado dele, tirou
fotografia e deu, pelo INA, a aula inaugural. Ele deu a aula inaugural; ele
juntamente com um cidadão chamado Ranieri. Então, estou curioso para saber. E
agora ele saiu da Fundergs e passou a Presidente do INA, do Instituto em que
está ocorrendo todo esse negócio com os contratos do Estado, inclusive na
Ulbra, em Canoas. E o cidadão Italgani, que não conheço... Eu o vi por
fotografia, é um senhor calvo, mas eu não o conheço. Então, só para ficar este
alerta: fico preocupado com os depoimentos que acontecerão na terça-feira.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PEDRO
RUAS:
Sinto-me na obrigação, Excelência, de fazer esta Questão de Ordem, porque eu
fiz um Requerimento, da tribuna, para que este senhor, o Italgani, que saiu de
Tapes para o mundo, comparecesse aqui na Câmara de Porto Alegre. Eu ouvi o Ver.
Nelcir Tessaro, que tem lá suas fundamentações, mas eu repudio totalmente a
ideia de que o Ver. Professor Garcia seja considerado suspeito – não suspeito
de ação – para a condução de um depoimento, para colher um depoimento. Não! Não
há impedimento nenhum, não há nenhuma situação que desabone o Ver. Professor
Garcia em qualquer ação do seu trabalho, como Parlamentar e como professor.
Portanto, eu fiz o Requerimento e acho importante que o Presidente da CECE
presida a coleta dos depoimentos, com certeza. Essa a minha posição,
Presidente.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Professor Garcia já havia recebido o registro
dessa solicitação. Eu informei que o INA já havia sido chamado, e o Ver. Pedro
Ruas especifica que tenha que ser chamado o cidadão citado.
O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, público que nos assiste, realmente é bastante preocupante essa
questão dessas ONGs; não todas, porque tenho certeza que essas Organizações Não
Governamentais, Ver. João Antonio Dib, que acabam, muitas delas – não é,
Tarciso? –, trabalhando apenas em cima de projetos do Governo e, muitas vezes,
sem nenhum tipo de classificação. Elas vão lá, fazem a relação, contratam, e já
são da relação do Governo... Acho que nós temos que procurar... Eu já estou
trabalhando num projeto para que haja uma regulamentação, pelo menos, na cidade
de Porto Alegre, que é por onde eu posso trabalhar. É isso o que estamos
procurando fazer, Ver. Tarciso.
O Ver. Melo veio aqui, fez uma defesa brilhante,
como sempre, como bom Vereador e bom advogado que é, mas a minha preocupação,
Ver. Melo, não é pelo fato de o Italgani ser do PMDB, ou ser Diretor, ou ter
relações com as pessoas do PMDB, nem acusei o Senador Simon; só disse que ele
estava na mesma chapa com o Senador Simon. Se estava na chapa com o Simon, tem
que ser conhecido pelo PMDB, é um cidadão conhecido no Partido – isso foi o que
eu quis dizer.
Quero dizer que o Instituto Ronaldinho Gaúcho,
que é o nosso principal alvo... É alvo por quê? Porque uma pessoa que tem
recursos suficientes para fazer filantropia – assim como o Dunga e o Tarciso
fazem, com recursos que buscam na iniciativa privada – fez um convênio com a
Prefeitura Municipal de Porto Alegre! Por que a Prefeitura Municipal de Porto
Alegre foi buscar o Instituto Ronaldinho e despejou tanto dinheiro num
Instituto que não teria essa necessidade? A nossa investigação começou por aí,
Ver. Sebastião Melo; depois, com todas as suspeitas que tínhamos a respeito de
notas fiscais de compra de materiais da PROCEMPA com a Prefeitura, na ordem de
R$ 382 mil; de compra de equipamento; notas fiscais do Instituto Nacional
América de quase R$ 500 mil, com descrição apenas de prestação de serviço;
alimentação a R$ 28,00 a unidade; a compra de cem apitos numa única nota; R$
330 mil em publicidade e propaganda, e materiais. Isso tudo nos chamou a
atenção, e nós começamos a pedir uma CPI. Só que aí começaram a se definir,
Ver. Pedro Ruas, dois grupos: o grupo que defende a Cidade, que quer a CPI, que
quer investigar o Instituto Ronaldinho Gaúcho, que é o grupo que está
preocupado em investigar os R$ 5,7 milhões; e o outro grupo, que defende que
não saia a CPI; esse é o grupo da “Bancada do Ronaldinho”, eu diria. Há a
“Bancada do Ronaldinho” e a “Bancada da Cidade”. E a disputa começou.
Eu não consegui entender por que a imprensa
cobra a CPI, quando a imprensa, normalmente, não gosta de CPI. A imprensa quer
a CPI! A Cidade quer a CPI! Por que a Cidade quer CPI? A gente sai pela Cidade,
e ouve as pessoas dizendo: “O Ronaldinho Gaúcho pegou dinheiro público? Não era
ele que bancava”? Mas são R$ 5,7 milhões, Tarciso, tudo isso! Mas dá para fazer
muita coisa com R$ 5,7 milhões. O Ronaldinho não precisa, ele pegou dinheiro
público. É dinheiro público aquilo lá! E as pessoas cobram, a imprensa cobra; e
aqui na Câmara há duas bancadas: a bancada que quer defender a Cidade, que quer
esclarecer, porque a Cidade merece saber a verdade; e há outro grupo que não
quer e é contra a CPI, capitaneado por alguns Vereadores, principalmente,
agora, o Ver. Cecchim, que é do PMDB, mas o Prefeito não é do PMDB, é do PDT. E
o PDT não defende que não tenha CPI, calou-se; o PTB até iniciou, mas o PMDB
defendeu, defendeu. Eu achei estranho esse fato. Mas quando eu abri lá, eu vi
que o Italgani Mendes – que foi diretor da Fundergs, que distribuiu
recursos para o Interior – era o homem do Segundo Tempo, como disse o Tessaro;
é filiado ao PMDB. E mais: participou da chapa do PMDB. Aí, a gente começa a
criar algumas dúvidas, e aí as dúvidas não são só do Instituto Ronaldinho. Começamos
a nos perguntar: por que defende tanto? Por que tanta defesa? Por que não criar
a CPI? A Cidade quer, a população quer, a imprensa quer, a bancada da Cidade
quer; mas a bancada do Ronaldinho não quer.
Então, vamos buscar a verdade! Se há problemas,
vamos assinar a CPI, Tarciso! O Tarciso já assinou e está feliz, porque a Cidade
quer, vamos assinar para que haja a CPI e vamos investigar; e vamos definir
realmente por que, quem é o responsável e para onde foram os recursos. Assinem
o requerimento para que haja a CPI e vamos esclarecer.
Ver. Cecchim, vamos assinar e vamos saber quem
está com a verdade. A cidade de Porto Alegre merece a verdade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. SEBASTIÃO
MELO: Srª
Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, eu volto a esta tribuna, por cedência do Líder do Governo,
porque não posso me silenciar, em razão de algumas inverdades aqui recolocadas.
Primeiro, dizer que o Instituto Sollus... Há uma
ação que tramita em São Paulo, os bens dos diretores estão indisponíveis, para
retomar o dinheiro, que indevidamente foi surrupiado da Cidade. Eu acho que V.
Exª é competente, diligente, e pode se informar um pouco melhor.
Eu poderia aqui dizer o seguinte: “Olha, não se
investiga nada”! Eu acho que a Luciana Genro é uma menina honrada, mas quis
usar uma sala, que resultou numa investigação, mas que até agora deu em nada,
uma sala que era do Ministério Público. Às vezes, várias questões, podem resultar
em nada. Então, não é por aí o debate.
Ver. Mauro eu quero me concentrar nisso aqui,
porque eu acho que é seriíssimo o que o senhor está fazendo, e eu levo a coisa
com seriedade, como todos nós aqui levamos.
Afinal de contas, o convênio é da Prefeitura,
indicado pelo Ministério da Justiça, e eu vou trazer o documento e vou mostrar
a V. Exª, está sendo escaneado e está chegando no meu gabinete em seguida.
Então, vou entregar uma cópia a V. Exª e à sua Bancada e à Bancada da Ética do
PT do Brasil.
Segundo, se o Convênio é da Prefeitura com o
Instituto Ronaldinho, desde março a Prefeitura tomou as providências que cabiam
ser tomadas em relação ao convênio, agora, se há irregularidade entre o
Instituto Ronaldinho e esse chamado INA, também tem que ser investigado, mas
não coloca a Prefeitura no meio disso. Não foi a Prefeitura que disse que tinha
que ser o INA.
E à V. Exª, que tem pesquisado às noites, acho
que nem dormido tem, eu queria recomendar que pesquisasse em quais Prefeituras
do PT o INA também presta serviços? Quais as Prefeituras do PTB, do PMDB, do PT,
do PDT? Porque, pelo que eu sei, esse Instituto faz intermediações em
Prefeituras das mais diversas siglas partidárias, Ver. Pujol. Então, vamos
devagar com andor, porque o santo é de barro. Eu sei que V. Exª é bem-intencionado,
eu gosto muito de V. Exª, mas querer misturar alhos com bugalhos, não dá!
Certa feita, o Palácio da Casa Rosada foi tomado
pela juventude peronista, sendo o Presidente, o General Perón, Presidente de
segundo mandato da Argentina. A juventude dizia: “Presidente, esse Governo está
tomado de corruptos, o senhor tem que tirar fulano, beltrano e sicrano”. E o
Presidente, com aquele jeito dele, disse: “Vamos devagar, meus jovens;
juventude sem rebeldia é velhice sem futuro, mas se tirarmos todos os larápios,
vão ficar tão poucos no Governo! Eu quero dizer o seguinte: infelizmente, a
máquina pública brasileira tem produzido um dos piores desastres... porque o
dinheiro da corrupção, Pedro Ruas, é o dinheiro que falta para a merenda
escolar, que falta para a creche, para as pessoas morarem com dignidade, e,
para mim, ladrão de dinheiro público tinha que ser exposto em praça pública,
para ser pedagógico, mas, infelizmente, só vai preso, neste País, ladrão de
galinha. Eu ainda quero ter a honra de chegar lá, muito velhinho, e ver que
essas coisas mudaram. Infelizmente, no Brasil tem sido assim. Escândalo é uma
corrupção que não deu certo. Eu fui lá no ato da OAB, no dia em que a OAB
liderou, eu vi tanto “nego” problemático batendo palmas contra a corrupção! Eu
olhei, conheço a ficha de muita gente ali; não foram pegos ao longo da
história!
Então, há problemas nos Municípios, há problemas
nos Estados e, muito mais, na União. Tem gente que paga para estar em Brasília,
Pujol, porque o ponto é muito bom. Querem ser diretores da Petrobras e devolvem
todo o salário, porque o ponto é muito bom! Essa é uma concepção de um país
patrimonialista, em que o público e o privado se misturam diuturnamente. Agora,
volto a dizer: eu fui amadurecendo ao longo da caminhada. É muito ruim, Mauro,
a gente pegar e jogar o seguinte: “Não, porque o Fulano é filiado”. Ele é
filiado ao PMDB. Eu o conheço? Eu o conheço! É um homem de influência dentro do
PMDB? Não é! “É da velha Camaquã, onde a vaca não dá leite, e a ovelha não dá
lã?” É verdade. Mas é filiado! Mas V. Exª pede atestado moral para filiar-se a
um Partido político? Partido não é parte da sociedade, e a sociedade não tem
problemas? Então, por favor! Agora, se eu disser: é filiado ao PMDB, é ligado
ao Pedro Simon, apoiou o Záchia, e vocês todos são uma camarilha! Não faça
isso, nós não merecemos isso, assim como eu acho que o Partido de V. Exª não
merece isso. Porque, se eu rebaixar este debate, meu amigo... Eu diria que,
depois que o PT chegou ao Governo, o Collor de Mello tem que ser julgado no
Pequenas Causas, se tiver que ser julgado por corrupção, de tantas lambanças
que eu vi na República. Muito obrigado, Srª Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra discutir a
Pauta.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Srª
Presidente, a Pauta de hoje tem inúmeros Projetos, eu poderia me ocupar de
vários deles, mas dois, sobremaneira, merecem maior destaque da minha parte. O
primeiro deles é o que inclui o art. 5º-A na Lei nº 10.260, de 28 de setembro
de 2007, alterada pela Lei nº 10.823, de 21 de janeiro de 2010, proibindo a
exploração de estacionamento temporário remunerado em vias de grande circulação
de veículos localizadas fora do perímetro central do Município de Porto Alegre.
Este é um Projeto do Ver. Luiz Braz que se sustenta, inclusive, no art. 5º da
própria Lei nº 10.260, que diz que os projetos para demarcação do
estacionamento temporário remunerado, acompanhados da indicação de sua
localização, da estimativa da Receita e do custo inicial e de manutenção, serão
submetidos previamente à aprovação do Poder Legislativo Municipal. Eu
desconheço, sinceramente, Vereadora-Presidente – no ano de 2007, eu não estava
no exercício da Vereança –, que tenha vindo alguma vez aqui para a Casa algum
projeto regulando essa expansão desmesurada do estacionamento temporário pago,
fora do perímetro central de Porto Alegre. Desconheço; sinceramente,
desconheço. Então, esse é um assunto do qual vou me ocupar fortemente, porque,
em verdade, eu não posso me conformar que tenha estacionamento temporário pago
em ambos os lados de algumas ruas com mão dupla em Porto Alegre. Não há
condição de se transitar nessas ruas. Quando um caminhão ou um veículo maior
transita por ali, dá uma confusão enorme. Nós sabemos que o trânsito de Porto
Alegre está muito complicado. Se permitirmos, através de lei, a criação de
pontos de estacionamento em áreas inadequadas, vamos aumentar mais ainda os
problemas que já sentimos. Por isso, estou adiantando desde já, vou me debruçar
fortemente sobre este Projeto, quero partilhar dele, inclusive examinando o
Parecer prévio da lavra do Procurador Claudio Roberto Velásquez que oferece
algumas restrições ao Projeto, dizendo que a EPTC é uma empresa de natureza
privada. Vamos discutir essas coisas, pois há conflitos de lei.
O outro Projeto, Ver. Cecchim, que me honra com
sua atenção, é esse Projeto que autoriza o Executivo Municipal a doar imóvel
que especifica ao Fundo de Arrendamento Residencial da Caixa Econômica Federal,
determina que o Departamento Municipal de Habitação promova chamamento público
para escolha e indicação de construtora para contratação e execução das obras
junto à Caixa Econômica Federal, na sistemática do Programa Minha Casa, Minha
Vida, e dá outras providências.
O Sr. Idenir
Cecchim: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Reginaldo Pujol, nós
votamos tantos terrenos para arrendamento da Caixa que nós não lembramos mais
onde estão esses terrenos. Eu queria me somar a V. Exª para fazermos um pedido
ao DEMHAB para que ele nos diga onde estão e quais já estão com os projetos
prontos. Não adianta estocar doações para a Caixa Econômica Federal se ela não
vai construir – ou ela ou o DEMHAB ou quem quer que seja. Então, sou seu sócio
nisso, sou coautor, ou nome que se dê, num pedido para que se tenha uma relação
de onde estão esses terrenos que a Caixa está recebendo para fazer
arrendamento.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Eu
quero informar V. Exª, agradecendo o aparte, que solicitei à minha assessoria
que levante o número de Projetos que a Casa já aprovou, Ver. Dib, transferindo
para a Caixa a propriedade desses terrenos. Eu posso afirmar, sem medo de erro,
que é um volume inimaginável, e não há possibilidade nenhuma, num curtíssimo
prazo, acho que trabalhando 10 ou 20 anos nesse ritmo, de que se consigam
ocupar essas áreas com os projetos de habitação de interesse social do
Município. Eu já votei contra a última doação, porque, até agora, Ver. Tessaro,
que é um caudilho nesse particular, eu tenho tido até alguns choques com ele, que,
com entusiasmo defende essa prática, nós vamos ter que dar um basta nessa
coisa, porque nós estamos instituindo o maior banco de terras nas mãos da Caixa
Econômica Federal, sem proveito para a população de baixa renda. Ora, Vereadora-Presidente,
a caro custo nós chegaremos este ano a mil unidades habitacionais para a população
de baixa renda, durante todo esse Programa Minha Casa, Minha Vida. E eu lhe
digo o seguinte: nos terrenos que já foram transferidos daria para construir,
sem dúvida nenhuma, vinte vezes mais do que já foi construído. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. SEBATIÃO
MELO:
Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, há
bastantes Projetos na Pauta. Eu quero, meu Líder, Cecchim, dizer que estou com V.
Exª – aliás, não só nesta questão, mas quero dizer o seguinte: esta matéria,
Ver. Dib – e V. Exª é um competente Líder –, precisa de um amplo debate para
votá-la, esta matéria do Executivo sobre os terrenos do DEMHAB. Eu tenho mil e
uma dúvidas.
Mas eu quero me dedicar aqui, Presidenta, ao
Projeto do nosso colega Ver. Luiz Braz, que tenta fazer uma mudança na questão
da Área Azul. Veja o seguinte: a rua é pública, mas, num determinado momento,
para que eu pudesse ter rotatividade, eu tive que privatizar a rua, porque,
senão, o sujeito chegava às 7h e ficava até às 20 horas. Então, eu acho a Área
Azul um achado. Acho que é uma coisa que tem dado certo.
Agora, eu tenho que olhar a Cidade como um todo.
Eu sou um sujeito que tenho muita ojeriza a shopping.
Se dependesse de mim, esta Cidade não teria nenhum a mais, já tem shopping demais. Eu sou fã de comércio
de rua.
Eu vou contar um episódio: no final do Governo
Verle – que, aliás, é um homem de bem, recebeu uma homenagem ontem, estive aqui
–, foi no Governo Tarso/Verle que se fizeram as obras do alargamento da
Wenceslau. Foi por um triz que não se matou o comércio daquela localidade,
porque não se previu no projeto originário... E isso foi uma luta que demorou
dois ou três anos, V. Exª participou dessas reuniões. Então, essa matéria não é
tão simples assim. A pergunta é: o remédio para enfrentar essa questão da
Cidade é este ou esse remédio é um conta-gotas de um remédio que tem ser maior?
Eu queria uma Cidade que tivesse mais ônibus, mais horário de ônibus, que eles fossem
pontuais; que as pessoas pudessem andar sentadas, com ar-condicionado, que
tivesse metrô, que tivesse bicicleta, que tivesse lotação: vários modais. Nós
vamos levar tempo para chegar lá. Esta seria a Cidade que melhoraria enormemente
a retirada dessa frota de 740 mil veículos, e que vai aumentar. Hoje se compra
um veículo mais fácil do que um terno da Giorgio Armani. O sujeito chega lá e
diz: “Eu só posso pagar em 60 vezes”, e dizem: “O senhor paga em 80 vezes e o
senhor leva o carro!”. E o comprador diz: “Eu estou com um problema de
comprovação de renda”. O vendedor responde: “Não tem problema; o senhor leva o
carro”. Então, essa quantidade de carros que existe na Cidade, Ver. Pujol, que
me dá, com o Ver. Dr. Raul, com o Ver. Dib, com o Ver. DJ Cassiá, atenção aqui
neste debate... O Prefeito Fortunati, agora, lança os chamados estacionamentos
subterrâneos – faça-se justiça, Ver. Dib, V. Exª, quando foi Prefeito, tentou
fazer isso. Faça-se justiça, é como a travessia do catamarã: podem dizer o que
quiserem da Yeda, mas essa obra tem um carimbo, e é da Yeda Crusius. Como o
Cais do Porto, vários Governadores passaram por lá, e ela desenterrou o projeto.
V. Exª trabalhou isso, o Prefeito Fortunati vem e tenta – eu acho que é um
acerto, só que tem que ter bastante estacionamento, senão essa gente vai cobrar
o olho da cara. Porque tu chegas no Centro hoje, Verª Sofia, em determinado
momento, e pagas R$ 15,00 para deixar um carro, para ir lá no Camelódromo e
gastar R$ 10,00. Eu já não vou de carro ao Centro; eu vou de lotação, vou de
ônibus ou pego carona, mas, cá para nós... Se tem uma coisa que se está
equiparando às companhias de telefone, aos banqueiros, são os donos de
estacionamento. Estão ganhando muito dinheiro! Então, eu tenho que ter cuidado
com este Projeto, porque o povo pobre vai ao comércio de rua, Ver. DJ Cassiá,
anda em um corcelzinho velho. Ele quer pagar, às vezes, R$ 1,50, e é difícil
encontrar uma área azul desocupada; eu tento em vários lugares, mas alguém
consegue. Então, para tirar das avenidas que têm comércio, uma Av. Assis
Brasil... E V. Exª, Presidente da Assonorte, sabe que foi dura a sobrevivência
daquela gente naquela obra interminável!
Então, para concluir, Presidenta, vamos convidar
o DEMHAB para um debate sobre esta matéria.
Voltando ao outro Projeto, o de transferir
imóveis, eu acho que a matéria é de profundeza, e nós vamos enfrentá-la. Muito
obrigado, Srª Presidente, por sua compreensão.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está encerrada a Pauta. Agradeço aos senhores e
às senhoras pela compreensão, pois o sistema hoje não nos ajudou, mas nós
tivemos bons debates, fizemos as votações, tivemos uma boa presença do IBGE,
que vai nos dar muitos instrumentos para o nosso trabalho. Boa-noite, bom
descanso. Está encerrada a Sessão.
(Encerra-se a Sessão à 18h30min.)
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